18 agosto 2006

Coisas Boas Feitas em Alpiarça ou por Alpiarcenses - Mãos de Fada

Parabéns D. Adelaide

Alpiarça - Costureira com mãos de fada

Texto de:João Nuno Pepino publicado no Jornal O Ribatejo

Nunca ninguém lhe ensinou costura e garante que não é costureira, mas faz fatos e trajes típicos como poucas pessoas. Adelaide Lagarto diz que é um dom; "não sei explicar, mas acho que cada qual nasce com uma habilidade e um gosto para uma coisa. Assim um bocado como os jogadores de futebol", na sua forma peculiar de explicar. Além de ser bastante conhecida e solicitada na zona onde reside, em Alpiarça, os seus fatos já tiveram méritos reconhecidos além fronteiras. É o caso de um menino que está na Alemanha, filho de pais portugueses, que vence há quatro anos consecutivos o concurso de Carnaval da escola alemã, com fatos "made in" Alpiarça; no primeiro ano, foi de campino, depois de pescador da Nazaré, toureiro a cavalo e toureiro a pé, já este ano.
Com muita paciência e imaginação, a pedido de uma senhora radicada na Suiça, Adelaide Lagarto já fez até uma cópia exacta de um vestido da mulher de José Relvas, actualmente exposto na Casa Museu de Alpiarça dedicada ao grande vulto republicano. E costurou ainda outros dois trajes antigos para uma funcionária portuguesa na embaixada do Luxemburgo.
"Faço tudo isto por gosto", explica. Com muita simpatia e dois dedos de boa conversa, gosta de recordar e contar a quem ouve a história que rodeia cada peça. "O primeiro fato que fiz foi há 31 anos, para a minha filha", assinala. Hoje, conserva as memórias num extenso álbum de fotografias onde se destacam as netas, vestidas a rigor com os trajes feitos pela avó. Não só do Ribatejo, como da Nazaré, do Algarve, do Minho e mesmo de Espanha, a fazer lembrar as famosas sevilhanas, cheias de rendas e bordados.
A costura não é apenas "o entretém do serão", como afirma Adelaide Lagarto. Além de paixão, é também uma habilidade especial; "muitas pessoas nem chegam a tirar medidas", explica, adiantando que, a maior parte das vezes, sai-lhe tudo bem à primeira vez, o que dispensa as provas.
Em Alpiarça, soma prémios atrás de prémios nos concursos de máscaras e desfiles. O gosto pela agulha é tanto que trabalhou durante três meses para as últimas marchas que encheram de cor as ruas da vila.
"Não faço nada disto por dinheiro", assegura Adelaide Lagarto, tanto que nem vende as suas peças, quando muito aluga-as e depois pede para as devolverem. É ela também quem faz grande parte dos fatos típicos do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Alpiarça, e que já tiveram honras de programa de televisão, mais concretamente no "Portugal no Coração".

17 agosto 2006

Lidar com a Arrogância dos Jovens Graduados

Num artigo publicado no Jornal The Times é abordado o tema da falta de ligação entre as Universidades e as Empresas. O tema é apresentado de forma muito detalhada no relatório Working Progress elaborado pelo Think Tank DEMOS, cujo site aconselho vivamente a quem goste de estar a par das tendências de evolução deste nosso Mundo cada vez mais complexo.

Apetece-me comentar o seguinte:

A complexidade das relações dentros das organizações hoje em dia, fruto da evolução tecnológica, da evolução dos Governos das Sociedades e fruto da cada vez maior complexidade das relações de negócios, não está a ter um acompanhamento correcto por parte das entidades formadoras.
Os jovens graduados adquirem o "know" nas Universidades, mas estas não estão a conseguir transmitir o "how" de forma a que o fosso entre o ambiente universitário e as organizações seja minimizado.
Tem tudo a ver com 'comportamento', e que eu saiba essa 'cadeira' ainda não existe nas nossas cátedras. A arrogância de que fala o artigo é talvez o pior defeito dos recém graduados, pois na maior parte das vezes esquecem-se que existe ainda no mercado activo de trabalho uma geração que não tendo tido oportunidade de estudar tem um factor muito importante que é a 'experiência de saber-fazer'. Ouço poucas vezes a palavra, mas HUMILDADE é fundamental... se calhar deveria haver uma cadeira nas universidades que ensinasse os mais novos a serem humildes e a respeitar os mais experientes

Para lerem o artigo completo, é só seguir o link

Comentários e sugestões para alpiarcense@gmail.com

16 agosto 2006

Toyota paga 180 milhões de Euros a empregada por assédio sexual

Artigo publicado na www.agenciafinanceira.iol.pt

"A Toyota vai pagar 180 milhões de euros a uma empregada da sua filial nos Estados Unidos, por assédio sexual.
O fabricante de automóveis chegou a um acordo com uma antiga funcionária, uma vez que esta apresentou queixa, no passado mês de Maio, no Supremo Tribunal de Nova Iorque, onde denunciou para além do director, a empresa.
A denunciante acusou o director de organizar viagens e horários de trabalho onde estivessem os dois sozinhos. Para além disso, a empregada disse que o director lhe pedia para o acompanhar em eventos sociais.
A queixosa alega ainda que o seu chefe tentou o contacto físico, segundo escreve a publicação especializada, Diversity.Inc."

A notícia original pode ser lida em www.diversityinc.com/public/21994.cfm

Comentário: O tema 'assédio sexual' continua na ordem do dia. Sexo, Dinheiro, Poder, os três vértices de um problema que, para quem se vê nele envolvido pode resultar em traumas para a vida inteira, uma boa vida em troca de uma consciência conspurcada, ou então numa indemnização com esta obtida pela ex-colaboradora da Toyota.
Em Portugal não se ouve falar muito deste assunto, pelo que das duas uma, ou não existe assédio sexual nas nossas empresas, ou então continua a cultura do 'come e cala' a imperar.
Aguardo os vossos comentários alpiarcense@gmail.com

11 agosto 2006

Coisas Boas Feitas em Alpiarça ou por Alpiarcenses (Dentista)



Esta semana, ao ler a Revista Sábado, vi um artigo sobre uma inovação no campo da Medicina Dentária trazida dos Estados Unidos para Portugal por uma equipa de médicos e investigadores, na qual se inclui o nosso conterrâneo Dr. Alexandre Cavalheiro (Na foto).

O Alpiarcense tem assim, mais uma vez, orgulho em dar os parabéns a mais um Alpiarcense que se distingue pelo seu sucesso. Parabéns Alexandre.

Para quem não leu, fica aqui o link para o Artigo na Revista Sábado.

Se tiverem conhecimento de outras coisas boas feitas em Alpiarça ou por Alpiarcenses, enviem-me essa informação para alpiarcense@gmail.com

10 agosto 2006

Coisas Boas Feitas em Alpiarça ou por Alpiarcenses

Sucesso de um Alpiarcense, Joaquim Veríssimo, com a sua produção de Melão deste ano, e premiado na Feira do Melão.
Merece o destaque e os parabéns.

PS - Não conheço o sr, mas se arranjarem uma foto, colocarei a mesma acima da notícia:

Jornal O Mirante
SECÇÃO: Sociedade

O segredo de Joaquim Veríssimo é dar um tempo após a colheita Melão branco foi o vencedor
O melhor entre os melhores deste ano foi o melão branco de Joaquim Veríssimo. O vencedor diz que o seu grande trunfo é “saber escolher os melões” criados na lezíria ribatejana. E levanta um pouco do véu: “colho-os antes e deixo-os estar três ou quatro dias até virem para a feira”.
O feito não foi inédito para Joaquim Veríssimo que vende melões há 34 anos e participou já em várias edições da Feira do Melão. A longa experiência leva-o a dizer que vender melão já deu mais, já que “há 10 anos esta era vendido ao preço de hoje”. Apesar de algumas dificuldades garante que a produção de melão continua a ser rentável. Para a feira de Vila Franca o produtor de Alpiarça trouxe mil quilos que conseguiu escoar, sobretudo depois do prémio.
Entre os critérios para a atribuição dos prémios estão a beleza da fruta, a dureza e a altura da casca, explica Fernanda Paulino. Os seus melões e os do seu pai, Joaquim Calarrão Paulino, têm a fama e o proveito de serem dos melhores, dado o número de prémios que têm arrecadado ao longo dos anos no certame. Este ano não conseguiram repetir a façanha de há um ano, em que venceram o prémio de melhor melão da feira, mas ainda assim alcançaram boas posições na maioria das categorias, como nas variedades amarelo, pele de sapo e Manuel António.
Nascida nas searas ribatejanas, Fernanda Paulino seguiu as pisadas do pai e dedicou-se ao cultivo do melão em quatro hectares na lezíria de Vila Franca. A seareira está satisfeita com a edição deste ano da Feira do Melão, na qual participa desde o seu início, onde conseguiu vender os três mil quilos de melão que trouxe.
O menor número de expositores em relação à edição anterior, devido à baixa produção deste ano, foi uma vantagem para os que marcaram presença. Apesar da produção ter ficado muito aquém das expectativas por causa das drásticas mudanças de temperatura, Fernanda Paulino diz que esta está a ser um bom ano já que o preço está melhor.

08 agosto 2006

Existência de Lista Negra de Trabalhadores foi condenada por Tribunal no Brasil

No Brasil, uma Empresa de RH foi condenada a pagar uma indemnização por danos morais a um trabalhador que fazia parte de uma lista negra de trabalhadores a 'não contratar' e que por causa disso não conseguia obter emprego na zona onde residia.
Em Portugal, tirando a lista dos devedores ao Fisco e as listas negras de pessoas que não podiam ter cheques bancários, não tenho conhecimento de caso igual, no entanto, com as novas tecnologias, não me admiro nada que qualquer dia haja uma lista deste género.

Já tive uma experiência com um candidato que durante a entrevista de emprego nos pareceu demasiado 'alterado', apresentando sintomas físicos que nos fizeram desconfiar de algum problema. Quando questionado sobre a razão de tais alterações, que se tornavam cada vez mais evidentes no decurso da entrevista, o candidato afirmou que estava nervoso por causa da entrevista, e não andava bem porque a mãe tinha falecido há poucas semanas.

Após a entrevista, e porque conhecia pessoalmente o Director de Recursos Humanos de uma das empresas onde tinha trabalhado até 3 anos antes, tentei obter mais informações sobre o candidato, e eis senão quando sou confrontado com a notícia sobre a dependência de drogas do mesmo e o seu expediente (só nessa empresa a mãe faleceu 2 vezes) para explicar ausências prolongadas e inexplicáveis.

Por acaso o processo de recrutamento nunca foi concluído, mas a partir daquele momento aquele candidato passou a ser um candidato a eliminar. Não só pela informação que obtive, mas essencialmente porque nos mentiu descaradamente.

Este assunto das 'referências', boas ou más, é incontornável para quem gere os recursos humanos de uma organização, e no entanto não é consensual. Todos sabemos que por vezes basta alguém não cair nas graças de um 'chefe' para que fique 'marcado' a partir daí e tenha a vida feita num inferno. Por isso, acho que devem ser cruzadas informações provenientes de várias fontes no sentido de melhor obter a 'fotografia' dos candidatos. O pior é que hoje em dia, até nós, profissionais de RH temos cada vez mais relutância em dar algumas informações, pois quer queiramos ou não, estamos a vincular-nos a algo que passará a constar do processo de cada Pessoa. Não é um assunto simples, mas daí até haver uma 'lista negra'... parece-me bem a condenação.
Podem ler a notícia na íntegra a seguir:

Notícia publicada no FiscoSoft

"A Justiça do Trabalho condenou uma empresa de recursos humanos. ao pagamento de indenização por dano moral a um trabalhador que teve seu nome incluído numa "lista negra". A condenação, decidida pela Vara do Trabalho de Campo Mourão (PR) e mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (Paraná), manteve sua validade após a Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho não conhecer (rejeitar) o recurso de revista de ambas as partes.
A reclamação trabalhista foi inicialmente ajuizada por um trabalhador rural contra a empresa e uma cooperativa, para quem tinha prestado serviços, como mão-de-obra contratada pela primeira, em três ocasiões. Segundo afirmou na inicial, o mercado de trabalho de Campo Mourão e dos municípios adjacentes é dominado pelas duas empresas. Depois do último contrato, em 1997, o trabalhador não conseguiu mais emprego e passou a vender sorvetes para sustentar a família.
Pouco depois, ficou sabendo da existência de uma lista, preparada pela empresa com a colaboração da cooperativa, com o nome de ex-empregados "que, segundo seu ponto de vista, de uma forma ou de outra tivessem causado ou pudessem causar qualquer tipo de problema para elas - em especial aqueles que tivessem ação ou participassem como testemunha na Justiça do Trabalho ou tivessem qualquer tipo de demanda judicial".
De acordo com documentos e depoimentos constantes nos autos, a lista era distribuída pela empresa de recursos humanos às empresas que contratavam seus serviços "como um diferencial a seus clientes, de modo a assegurar que não teriam problemas trabalhistas com seus empregados". O caso foi denunciado pelo Ministério Público do Trabalho.
A sentença da Vara do Trabalho condenou a Empresa ao pagamento de indenização por dano moral no valor de R$ 20 mil. No julgamento do recurso ordinário, o TRT do Paraná reduziu a condenação a R$ 2 mil. As duas partes recorreram ao TST: o trabalhador, pretendendo aumentar o valor da indenização; e a empresa, alegando prescrição do direito e incompetência da Justiça do Trabalho, como preliminares, além de insistir na inexistência do dano moral.
O relator do recurso, ministro Barros Levenhagen, examinou todos os pontos questionados tanto pelo trabalhador quanto pela empresa. Sobre o valor da indenização, ressaltou que a decisão do TRT observou "os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade na avaliação da situação econômica da vítima e do agente causador da ofensa, bem como a ausência de comprovação de a lista ter acarretado a ausência de contratação do reclamante". Como a matéria se baseia na avaliação dos fatos e provas do processo, e esse procedimento é vedado pela jurisprudência do TST, o recurso do trabalhador não foi conhecido.
Sobre a prescrição, a empresa alegou em seu recurso que a ação foi ajuizada depois de transcorridos dois anos da extinção do contrato de trabalho - o trabalhador foi demitido, na terceira contratação, em junho de 1997, e a reclamação ajuizada em junho de 2003. O ministro Levenhagen, porém, ressaltou que o prazo prescricional de dois anos após a extinção do contrato de trabalho "refere-se apenas aos direitos que coexistiam com a duração do pacto laboral, e não aos que nasceram posteriormente a ele", como no caso.
De acordo com o acórdão do TRT, o trabalhador tomou conhecimento da inclusão de seu nome na lista no início de 2002, mas não conseguiu provar a alegação. O Regional, então, considerou a contagem do prazo prescricional a data de emissão da lista - junho de 2001. A ação, portanto, foi proposta dentro do limite. O ministro Levenhagen, ao analisar o tema, lembrou que "à época da dispensa ainda não existia a ?lista negra? que originou o pedido de indenização. Daí porque, naquele momento, não poderia o trabalhador pleitear o objeto da ação".
Em seu recurso, a empresa sustentou que nos autos não havia prova da relação entre a existência da "lista negra" e o suposto dano provocado. O argumento, porém, foi refutado pelo relator e pelos demais ministros da Turma. "Sabe-se que o dano moral constitui lesão a direitos de personalidade, que, no caso desse processo, são a honra e a imagem do trabalhador", afirmou o ministro Barros Levenhagen. "A sua configuração se efetiva com o abalo sentimental da pessoa em sua consideração pessoal ou social".
O ministro assinalou que o próprio TRT consignava que "o dano ao trabalhador ocorre no momento em que seu nome é incluído na lista", independentemente do resultado, "sendo latente a agressão à sua honra e imagem". O ministro Milton de Moura França, presidente da Quarta Turma do TST, reforçou esse entendimento. "Os valores da dignidade humana - éticos, pessoais, morais, religiosos - têm de ser preservados, e a ofensa a esses valores, no caso, é um fato objetivo. A lista existia, e isso é inquestionável."
Este não foi o primeiro caso de dano moral envolvendo a empresa de recursos humanos e a cooperativa e sua lista negra. Em junho, a mesma Quarta Turma julgou processo idêntico. Na ocasião, porém, foi mantida decisão regional que considerou prescrito o direito do trabalhador, uma vez que a ação só foi ajuizada em 2004, e a lista elaborada em 2001."

07 agosto 2006

iPoder

What's next?

iPoder

"Andava eu de metro quando ao meu lado se sentou um miúdo (infelizmente já posso dizer isto) e retirou da mochila um iPod. Calmamente colocou os phones e começou a ver um vídeo. Sim um vídeo. Por entre o jornal não resisti a olhar com mais atenção. A imagem era evidentemente pequena mas não deixava dúvidas. O puto estava a ver um vídeo-porno. Ajeitei-me no banco, olhei à volta e já não era só eu que seguia atentamente o filme (o argumento cativava).
Questionei-o com o olhar, não devia ter mais do que dois pelos na cara, e sem retirar os phones explicou-me a mim e a todas as pessoas que estavam na carruagem. «Podfapping, ver pornografia num iPod», disse ele e as suas sorridentes borbulhas.
Mal cheguei a casa resolvi investigar (não cheguei a ver como acabava o filme porque o rapazinho saiu passadas duas estações). Encontrei uma ajuda preciosa no Urban Dicionary onde os novos termos vão sendo depositados à medida que são criados.
Estas novas palavras eram até há pouco, exclusividade das empresas que lançavam os novos produtos ou então de jornalistas mais atentos, que acompanhavam os lançamentos inventando também eles novas palavras. E ficar associado a uma nova palavra é, hoje em dia, quase tão importante como ganhar um Pullitzer.
Os blogues vieram mudar tudo isto. São agora os comuns dos mortais, que reinventam o vocabulário, lançando novas palavras na Internet que depois ganham vida própria e passam a fazer parte do dia-a-dia. Começam na gíria, no calão e passam a definição.
Lá estava então o famoso Podfapping e um sem número de palavras derivadas. iPodyssey, por exemplo, é supostamente, o árduo questionário que algumas pessoas fazem para adquirirem um iPod. Nas lojas é habitual ouvir questões do género: «Olhe, por favor, onde é que entram os CD’s para dentro do iPod?» ou «Qual é o botão do rec?», ou ainda, «Isto leva 10 mil CD’s mas eu só tenho 40, acha que compre na mesma?». Adiante.
Comecemos pelo princípio. Quando o dono de qualquer iPod caminha pela rua a ouvir música ou a ver um filme passa a ser um podestrian. Quando devotamos as nossas vidas ao iPod e passamos todo o tempo a ouvir, a fazer downloads ou a quitar o precioso iPod passamos a ser podaholics. Ainda assim bem menos grave que outros holics. Há quem também se refira a este estado de adoração como iPoddolatry.
Vem agora uma das minhas preferidas. Qualquer podaholic que se preze deve usar o seu iPod para evitar o contacto com pessoas indesejáveis. Essa pessoa passará então a ser conhecida como um Pod Snob, alguém que se refugia na música para não ter que aturar conversas desinteressantes. As aplicações parecem infinitas.
iPod spamming, fazer mais downloads de música do que aqueles que alguma vez vai ouvir. Isto é feito por aquela gentinha que quer aumentar o número de músicas no iPod só para tentar parecer mais cool do que é realmente.
iPlode que significa implodir os ouvidos por ter o volume demasiado alto. E por fim o Playlistism que, segundo o site, é o acto de julgar os outros pelo seu gosto musical, definido no conteúdo do iPod e que leva a um novo tipo de discriminação como o racismo, o sexismo ou o benfiquismo. Espero que estas palavras entrem rapidamente no nosso vocabulário e que ajudem publicitários cansados que não se cansam de fazer trocadilhos do género «ai pode, pode»."

Nuno Presa Cardoso Director criativo da BBDO

Publicado quinta-feira, 3 de Agosto de 2006 20:40 por Expresso Multimedia

Comentário do Alpiarcense: Na função que exerço, profissionalmente, um dos factores fundamentais é a curiosidade e a capacidade de antever situações futuras que decorrem de determinadas evoluções (não confundir com futurologia), sejam tecnológicas, sejam demográficas, sejam económicas, sejam outras. Basicamente quem tem a responsabilidade por Gerir o Capital Humano das Organizações deve preocupar-se em acompanhar o mais possível as tendências de evolução deste tipo de manifestações no sentido de adequar as políticas de gestão às mesmas.
No entanto, e cada vez que vejo artigos como o que copiei acima, fico com a sensação que não é de todo humanamente possível acompanhar o ritmo alucinante a que as coisas estão a acontecer.
Na minha humilde opinião, cada vez mais devemos assumir um papel de "Night Walker" ou seja, 'aprender' em permanência, e com tudo o que nos rodeia... e nem assim creio que possamos acompanhar o ritmo.

Gostava de ter a vossa opinião acerca deste tema alpiarcense@gmail.com

06 agosto 2006

Lista de Devedores ao FISCO

Já está disponível a lista dos devedores ao Fisco para que todos possam ficar a saber quem não cumpre as suas obrigações fiscais.
A publicação desta lista afinal foi uma boa idéia antes da sua própria publicação, pois ao que parece levou um grande número de devedores a regularizar a sua situação, ou a apresentar garantias de que iria regularizar a situação a breve prazo.
No entanto não resultou para os que estão nas listas, pois pelo que se pode ler sobre o assunto, pouco ou nada fizeram os nomeados para alterar a situação.

Pelo menos os cofres do Estado lá arrecadaram mais uns euritos. Na minha opinião, devemos continuar todos a pugnar pela responsabilização colectiva no sentido de cumprir as nossas obrigações... só falta agora mesmo é cortar nas despesas do Estado.

PS- Ah! Gostei muito do parágrafo que incluíram no texto que explica a apresentação das listas, e que dá a possibilidade aos faltosos de "Caso os contribuintes discordem do escalão em que foram incluídos, podem solicitar a rectificação do seu posicionamento nas listas."

Fundação José Relvas - Nova direcção eleita à margem dos estatutos

Notícia publicada no Jornal O Mirante - link para a notícia

SECÇÃO: Sociedade

Ex-presidente da assembleia de contribuintes da Fundação José Relvas admite irregularidade
Nova direcção eleita à margem dos estatutos
Em vez dos 40 maiores contribuintes conforme estabelecem os estatutos e o testamento de José Relvas, participaram 50 pessoas na assembleia da fundação para eleger os novos corpos sociais.
A assembleia de contribuintes que elegeu o novo conselho de administração da Fundação José Relvas, em Alpiarça, realizou-se violando os estatutos. Deviam ter participado os 40 maiores contribuintes do concelho, como estipulam as regras estatutárias, mas acabaram por votar 50 pessoas.
Uma situação confirmada e assumida pelo presidente da assembleia na altura, Francisco Cunha, justificando a irregularidade com a necessidade urgente de se ultrapassar um impasse.
Segundo reconheceu, o testamento de José Relvas diz que só podem participar na assembleia da fundação os 40 maiores contribuintes do concelho. Mas a lista pedida às Finanças demorou seis anos a chegar e apareceu com 50 nomes. Apesar da irregularidade a assembleia acabou por se realizar com o acordo da maioria dos contribuintes.
“Foi uma forma de desbloquear uma situação que durava há seis anos, quando tínhamos pedido às Finanças o envio da lista com os 40 maiores contribuintes do concelho. Senão corríamos o risco de ficar mais cinco ou seis anos à espera”, explicou Francisco Cunha que dirigiu os trabalhos desta reunião que decorreu no dia 12 de Junho, onde decidiu não continuar a ser presidente da assembleia.
A assembleia acabou por eleger, apesar dos protestos de alguns contribuintes, os órgãos sociais da fundação com base na única lista concorrente. O conselho de administração é agora constituído por Manuel Miranda do Céu (presidente do Clube “Os Águias”, sogro da directora da fundação e pai do presidente da câmara), Joaquim Garrido (empresário) e Gabriela Coutinho (professora e ex-vereadora). Integram ainda esse órgão representantes da câmara municipal e da junta de freguesia por inerência dos cargos.
O ex-presidente da assembleia, Francisco Cunha (que deu o lugar a Pedro Melo), assume a situação mas, diz, “uma coisa são os estatutos e o testamento e outra é o espírito” que lhes está subjacente. E em tom de crítica à forma como algumas pessoas participam na vida da fundação diz que “se José Relvas viesse cá hoje não deixava algumas pessoas que fazem parte dos maiores contribuintes entrar sequer à porta”.
Admite ainda que “muitas pessoas tentam utilizar a fundação para fins políticos”. Embora ressalve que as suas valências (lar de idosos, centro de dia, creche e jardim de infância e apoio domiciliário) funcionam de forma exemplar e que a fundação cresceu muito nos últimos anos.
“Nunca na assembleia pessoas ligadas a determinadas facções políticas, como o PCP, apresentaram propostas em prol dos utentes ou se preocuparam em saber como estão a ser tratados”, salientou. Acrescenta que isso “não quer dizer que da outra parte, de elementos ligados ao PS e ao PSD, não existam também pessoas assim”.
Francisco Cunha entende que as pessoas que estão agora à frente da Fundação “devem procurar regular a situação junto das Finanças”, solicitando uma lista apenas com 40 nomes, conforme deixou expresso na última assembleia que dirigiu.
A Fundação José Relvas é uma das principais empregadoras do concelho. E deve a sua existência a José Relvas, que legou à população de Alpiarça todo o seu património.