30 maio 2006

Assembleia de Contribuintes da Fundação José Relvas

Caros leitores

Acalmem-se os espíritos mais inquietos, porque não pretendo utilizar o Blog para divulgar o que se passou e irá passar nas Assembleias de Contribuintes da Fundação José Relvas.
Já vi, pelo aumento do número de visitas, que alguém veio à procura de algo que, creio, não deva ser divulgado através deste meio.

O assunto é muito sério, e com coisas sérias não se brinca.

Considero um privilégio poder contribuir para cumprir o que José Relvas deixou em Testamento, e pretendo fazê-lo, independentemente do que vier a ser definido a nível dos futuros Corpos Sociais que irão gerir no próximo mandato os destinos da Fundação.

Nesse sentido, e porque acho muito importante cumprir o meu papel como Cidadão informado e interveniente, em defesa dos interesses comuns, vou sim utilizar este blog como espaço de discussão de idéias e propostas para fazer mais e melhor pelo nosso Concelho, pelas Instituições no geral, pelas Empresas e pelas Pessoas.

Como membro da Assembleia de Contribuintes, disponibilizo-me desde já para, humildemente, 'escutar' com atenção o que os leitores desde blog e os Alpiarcenses em geral me queiram dizer sobre a Fundação e o seu modo de funcionamento em todas as suas valências. Reservo-me o direito, como é evidente, de não publicar o que me disserem, pois o objectivo é contribuir com idéias e propostas positivas, e não denegrir o trabalho que tem vindo a ser feito.

Alpiarça e os Alpiarcenses podem orgulhar-se das condições que a Fundação, nas suas mais diversas valências, tem actualmente para oferecer a quem a elas recorre. Podemos fazer melhor? Ok, então venham de lá as sugestões...

Informação sobre a Fundação José Relvas em http://www.cma.cm-alpiarca.pt/fund_jr_ab.htm.
Helder Figueiredo

Aguardo as vossas informações, idéias, sugestões e propostas em alpiarcense@gmail.com

26 maio 2006

Paulo Espírito Santo... Campeão

Gostava de dar os parabéns ao Paulo Espírito Santo pelo artigo publicado esta semana na revista Sábado sobre os seus feitos desportivos.
Mas sobretudo gostava de acrescentar mais algumas palavras de quem já conviveu em tempos de forma mais permanente com o Paulo, uma vez que estudámos na mesma escola e na mesma turma. O Paulo deu-me boleia muitas vezes no seu 205 XAD branco, e até me ajudou a estudar para algumas cadeiras na faculdade, daquelas que muitas vezes não encaixavam assim às primeiras. Aproveito para te agradecer publicamente essa ajuda.
Nunca falámos muito sobre o seu acidente, mas fizémos uma vez uma viagem fabulosa entre a Tapada e Alpiarça, no 205, com relato descritivo sobre a sensação de fazer o mesmo percurso mas na sua potente moto. Nunca andei de moto, mas confesso que o entusiasmo com que o Paulo relatou aqueles quilómetros como se fosse a andar em duas rodas, me fizeram sentir como se estivesse a viver essa viagem na realidade e duas rodas. Foi um espectáculo.
Convivi com o Paulo na altura em que andou com as próteses, um período que não se revelou positivo, uma vez que em vez de o ajudar ainda lhe prejudicava mais a mobilidade. Como ele afirma no artigo da Sábado, privilegiou a mobilidade e não a estética, o que é uma opção corajosa, e que deve servir de exemplo para outras pessoas.
Concordo com o facto de ele se afirmar como um "chato", que o é na realidade, mas no bom sentido, ou seja, não desiste na defesa intransigente dos interesses das pessoas com deficiência, que ainda são muito mal tratados pela nossa sociedade. E não é preciso pensar muito em coisas que ainda são feitas sem pensar nestas pessoas. Vejam-se as caixa do Multibanco, os botões dos elevadores, o estacionamento selvagem, os passeios que não são adequados (nos passeios então é mesmo gritante, basta tentar andar com uma cadeirinha de passeio com um bébé para perceber a inadequação dos mesmos).
Não voltámos a ter um contacto tão próximo, mas ficaram-me boas memórias da perserverança, da inteligência, da astúcia e da capacidade de argumentação. Tenho saudades do tempo em que discutíamos, eu, o Paulo, o Queijo no Bar do ISLA. Ah, grandes noites a puxar pela argumentação e pelos neurónios. Um exemplo de vida e de adaptação a uma nova condição. Com o Paulo não há coitadinhos, e só isso é uma grande lição.
Parabéns pelos teus resultados desportivos.

Helder Figueiredo

Fica um link para outra notícia sobre o Paulo Espírito Santo http://www.fptenis.pt/actualidades/newsletter2.pdf para ler o artigo da Sábado têm mesmo que comprar a revista pois não está disponível na net.

25 maio 2006

Excelentíssimos Senhores Doutores

Nas minhas deambulações pela net, e pelos cada vez mais interessantes e activos 'blogs' cá do burgo, dei por alguns comentários sobre um tal de Dr. Helder Figueiredo. Pensei que era eu. E para confirmar fui verificar na minha Cédula de Cascimento... no meu BI... no meu Passaporte... no meu cartão de Contribuinte... no meu cartão de Utente... no meu cartão da Segurança Social e a única coisa que encontrei foi... Helder Figueiredo. Fiquei aliviado. Afinal não era comigo.

Quando é que deixamos de ser tão pequenos e deixamos de continuar a viver agarrados à 'doutorite' e 'engenheirite' aguda. Oh meus senhores, Doutores e Engenheiros é o que mais há por aí. Já olharam para as mãos das meninas das caixas dos Hipermercados? Já leram os últimos relatórios referentes ao desemprego? Já repararam nas habilitações literárias de muitos dos estrangeiros que vêm tentar a sua sorte no nosso País? Pois é, tudo doutores ou engenheiros. E no entanto continuamos na cauda da Europa no que à qualificação profissional diz respeito.
O nosso problema é cultural isso sim. Quando vivemos dos títulos académicos e não do que somos ou fazemos, mal vai o nosso País.

Só para terminar, lembro uma história que me contaram hà pouco tempo, em que um tal de Doutor qualquer coisa, ao ser apresentado apenas como Senhor, corrigiu a secretária que o apresentava como tal. Ao que a senhora, de forma educada e elevada, respondeu que "sabe, eu identifiquei-o como Senhor, porque Doutores há muitos, o que começa a haver cada vez menos são 'Senhores' com S maiúsculo, mas se preferir...".

12 maio 2006

Um novo negócio

Numa época em que estamos tão mal no que ao emprego diz respeito, li com muito interesse um pequeno artigo onde noticiavam que no Japão, inventaram um novo tipo de trabalho.
Há pessoas que em troca de um determinado pagamento se disponibilizam a ouvir determinados 'desabafos', 'impropérios' ou mesmo insultos que outras pessoas desejam 'despejar' como se aos seus chefes/patrões/conjuges fossem dirigidos. Ou seja, transformam-se durante alguns minutos num chefe/patrão/conjuge de aluguer só para serem insultados, e para que as pessoas descarreguem a sua fúria tendo apenas como consequência um pequeno abalo na carteira.
Dizia também que por mais uns trocos, as mulheres, e só as mulheres, podiam também dar uma bofetada a este novo tipo de profissionais.
Ora aí está uma idéia criativa, que poderá ter um sucesso interessante no nosso País. Com o ambiente de negativismo que vivemos, o que não faltarão são pessoas com vontade de esmurrar a sua cara-metade ou mandar o chefe/patrão à m... ou até perguntar pela sua mãezinha.
Resta saber se esta profissão terá enquadramento no IRS.

PS - Os políticos ficaram de fora, pois para os insultar pelo menos, não é preciso recorrer a este serviço. Bastam os jornais, as reuniões e outros fóruns onde eles próprios se encarregam de tratar do assunto.