18 agosto 2006

Coisas Boas Feitas em Alpiarça ou por Alpiarcenses - Mãos de Fada

Parabéns D. Adelaide

Alpiarça - Costureira com mãos de fada

Texto de:João Nuno Pepino publicado no Jornal O Ribatejo

Nunca ninguém lhe ensinou costura e garante que não é costureira, mas faz fatos e trajes típicos como poucas pessoas. Adelaide Lagarto diz que é um dom; "não sei explicar, mas acho que cada qual nasce com uma habilidade e um gosto para uma coisa. Assim um bocado como os jogadores de futebol", na sua forma peculiar de explicar. Além de ser bastante conhecida e solicitada na zona onde reside, em Alpiarça, os seus fatos já tiveram méritos reconhecidos além fronteiras. É o caso de um menino que está na Alemanha, filho de pais portugueses, que vence há quatro anos consecutivos o concurso de Carnaval da escola alemã, com fatos "made in" Alpiarça; no primeiro ano, foi de campino, depois de pescador da Nazaré, toureiro a cavalo e toureiro a pé, já este ano.
Com muita paciência e imaginação, a pedido de uma senhora radicada na Suiça, Adelaide Lagarto já fez até uma cópia exacta de um vestido da mulher de José Relvas, actualmente exposto na Casa Museu de Alpiarça dedicada ao grande vulto republicano. E costurou ainda outros dois trajes antigos para uma funcionária portuguesa na embaixada do Luxemburgo.
"Faço tudo isto por gosto", explica. Com muita simpatia e dois dedos de boa conversa, gosta de recordar e contar a quem ouve a história que rodeia cada peça. "O primeiro fato que fiz foi há 31 anos, para a minha filha", assinala. Hoje, conserva as memórias num extenso álbum de fotografias onde se destacam as netas, vestidas a rigor com os trajes feitos pela avó. Não só do Ribatejo, como da Nazaré, do Algarve, do Minho e mesmo de Espanha, a fazer lembrar as famosas sevilhanas, cheias de rendas e bordados.
A costura não é apenas "o entretém do serão", como afirma Adelaide Lagarto. Além de paixão, é também uma habilidade especial; "muitas pessoas nem chegam a tirar medidas", explica, adiantando que, a maior parte das vezes, sai-lhe tudo bem à primeira vez, o que dispensa as provas.
Em Alpiarça, soma prémios atrás de prémios nos concursos de máscaras e desfiles. O gosto pela agulha é tanto que trabalhou durante três meses para as últimas marchas que encheram de cor as ruas da vila.
"Não faço nada disto por dinheiro", assegura Adelaide Lagarto, tanto que nem vende as suas peças, quando muito aluga-as e depois pede para as devolverem. É ela também quem faz grande parte dos fatos típicos do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Alpiarça, e que já tiveram honras de programa de televisão, mais concretamente no "Portugal no Coração".

17 agosto 2006

Lidar com a Arrogância dos Jovens Graduados

Num artigo publicado no Jornal The Times é abordado o tema da falta de ligação entre as Universidades e as Empresas. O tema é apresentado de forma muito detalhada no relatório Working Progress elaborado pelo Think Tank DEMOS, cujo site aconselho vivamente a quem goste de estar a par das tendências de evolução deste nosso Mundo cada vez mais complexo.

Apetece-me comentar o seguinte:

A complexidade das relações dentros das organizações hoje em dia, fruto da evolução tecnológica, da evolução dos Governos das Sociedades e fruto da cada vez maior complexidade das relações de negócios, não está a ter um acompanhamento correcto por parte das entidades formadoras.
Os jovens graduados adquirem o "know" nas Universidades, mas estas não estão a conseguir transmitir o "how" de forma a que o fosso entre o ambiente universitário e as organizações seja minimizado.
Tem tudo a ver com 'comportamento', e que eu saiba essa 'cadeira' ainda não existe nas nossas cátedras. A arrogância de que fala o artigo é talvez o pior defeito dos recém graduados, pois na maior parte das vezes esquecem-se que existe ainda no mercado activo de trabalho uma geração que não tendo tido oportunidade de estudar tem um factor muito importante que é a 'experiência de saber-fazer'. Ouço poucas vezes a palavra, mas HUMILDADE é fundamental... se calhar deveria haver uma cadeira nas universidades que ensinasse os mais novos a serem humildes e a respeitar os mais experientes

Para lerem o artigo completo, é só seguir o link

Comentários e sugestões para alpiarcense@gmail.com

16 agosto 2006

Toyota paga 180 milhões de Euros a empregada por assédio sexual

Artigo publicado na www.agenciafinanceira.iol.pt

"A Toyota vai pagar 180 milhões de euros a uma empregada da sua filial nos Estados Unidos, por assédio sexual.
O fabricante de automóveis chegou a um acordo com uma antiga funcionária, uma vez que esta apresentou queixa, no passado mês de Maio, no Supremo Tribunal de Nova Iorque, onde denunciou para além do director, a empresa.
A denunciante acusou o director de organizar viagens e horários de trabalho onde estivessem os dois sozinhos. Para além disso, a empregada disse que o director lhe pedia para o acompanhar em eventos sociais.
A queixosa alega ainda que o seu chefe tentou o contacto físico, segundo escreve a publicação especializada, Diversity.Inc."

A notícia original pode ser lida em www.diversityinc.com/public/21994.cfm

Comentário: O tema 'assédio sexual' continua na ordem do dia. Sexo, Dinheiro, Poder, os três vértices de um problema que, para quem se vê nele envolvido pode resultar em traumas para a vida inteira, uma boa vida em troca de uma consciência conspurcada, ou então numa indemnização com esta obtida pela ex-colaboradora da Toyota.
Em Portugal não se ouve falar muito deste assunto, pelo que das duas uma, ou não existe assédio sexual nas nossas empresas, ou então continua a cultura do 'come e cala' a imperar.
Aguardo os vossos comentários alpiarcense@gmail.com

11 agosto 2006

Coisas Boas Feitas em Alpiarça ou por Alpiarcenses (Dentista)



Esta semana, ao ler a Revista Sábado, vi um artigo sobre uma inovação no campo da Medicina Dentária trazida dos Estados Unidos para Portugal por uma equipa de médicos e investigadores, na qual se inclui o nosso conterrâneo Dr. Alexandre Cavalheiro (Na foto).

O Alpiarcense tem assim, mais uma vez, orgulho em dar os parabéns a mais um Alpiarcense que se distingue pelo seu sucesso. Parabéns Alexandre.

Para quem não leu, fica aqui o link para o Artigo na Revista Sábado.

Se tiverem conhecimento de outras coisas boas feitas em Alpiarça ou por Alpiarcenses, enviem-me essa informação para alpiarcense@gmail.com

10 agosto 2006

Coisas Boas Feitas em Alpiarça ou por Alpiarcenses

Sucesso de um Alpiarcense, Joaquim Veríssimo, com a sua produção de Melão deste ano, e premiado na Feira do Melão.
Merece o destaque e os parabéns.

PS - Não conheço o sr, mas se arranjarem uma foto, colocarei a mesma acima da notícia:

Jornal O Mirante
SECÇÃO: Sociedade

O segredo de Joaquim Veríssimo é dar um tempo após a colheita Melão branco foi o vencedor
O melhor entre os melhores deste ano foi o melão branco de Joaquim Veríssimo. O vencedor diz que o seu grande trunfo é “saber escolher os melões” criados na lezíria ribatejana. E levanta um pouco do véu: “colho-os antes e deixo-os estar três ou quatro dias até virem para a feira”.
O feito não foi inédito para Joaquim Veríssimo que vende melões há 34 anos e participou já em várias edições da Feira do Melão. A longa experiência leva-o a dizer que vender melão já deu mais, já que “há 10 anos esta era vendido ao preço de hoje”. Apesar de algumas dificuldades garante que a produção de melão continua a ser rentável. Para a feira de Vila Franca o produtor de Alpiarça trouxe mil quilos que conseguiu escoar, sobretudo depois do prémio.
Entre os critérios para a atribuição dos prémios estão a beleza da fruta, a dureza e a altura da casca, explica Fernanda Paulino. Os seus melões e os do seu pai, Joaquim Calarrão Paulino, têm a fama e o proveito de serem dos melhores, dado o número de prémios que têm arrecadado ao longo dos anos no certame. Este ano não conseguiram repetir a façanha de há um ano, em que venceram o prémio de melhor melão da feira, mas ainda assim alcançaram boas posições na maioria das categorias, como nas variedades amarelo, pele de sapo e Manuel António.
Nascida nas searas ribatejanas, Fernanda Paulino seguiu as pisadas do pai e dedicou-se ao cultivo do melão em quatro hectares na lezíria de Vila Franca. A seareira está satisfeita com a edição deste ano da Feira do Melão, na qual participa desde o seu início, onde conseguiu vender os três mil quilos de melão que trouxe.
O menor número de expositores em relação à edição anterior, devido à baixa produção deste ano, foi uma vantagem para os que marcaram presença. Apesar da produção ter ficado muito aquém das expectativas por causa das drásticas mudanças de temperatura, Fernanda Paulino diz que esta está a ser um bom ano já que o preço está melhor.

08 agosto 2006

Existência de Lista Negra de Trabalhadores foi condenada por Tribunal no Brasil

No Brasil, uma Empresa de RH foi condenada a pagar uma indemnização por danos morais a um trabalhador que fazia parte de uma lista negra de trabalhadores a 'não contratar' e que por causa disso não conseguia obter emprego na zona onde residia.
Em Portugal, tirando a lista dos devedores ao Fisco e as listas negras de pessoas que não podiam ter cheques bancários, não tenho conhecimento de caso igual, no entanto, com as novas tecnologias, não me admiro nada que qualquer dia haja uma lista deste género.

Já tive uma experiência com um candidato que durante a entrevista de emprego nos pareceu demasiado 'alterado', apresentando sintomas físicos que nos fizeram desconfiar de algum problema. Quando questionado sobre a razão de tais alterações, que se tornavam cada vez mais evidentes no decurso da entrevista, o candidato afirmou que estava nervoso por causa da entrevista, e não andava bem porque a mãe tinha falecido há poucas semanas.

Após a entrevista, e porque conhecia pessoalmente o Director de Recursos Humanos de uma das empresas onde tinha trabalhado até 3 anos antes, tentei obter mais informações sobre o candidato, e eis senão quando sou confrontado com a notícia sobre a dependência de drogas do mesmo e o seu expediente (só nessa empresa a mãe faleceu 2 vezes) para explicar ausências prolongadas e inexplicáveis.

Por acaso o processo de recrutamento nunca foi concluído, mas a partir daquele momento aquele candidato passou a ser um candidato a eliminar. Não só pela informação que obtive, mas essencialmente porque nos mentiu descaradamente.

Este assunto das 'referências', boas ou más, é incontornável para quem gere os recursos humanos de uma organização, e no entanto não é consensual. Todos sabemos que por vezes basta alguém não cair nas graças de um 'chefe' para que fique 'marcado' a partir daí e tenha a vida feita num inferno. Por isso, acho que devem ser cruzadas informações provenientes de várias fontes no sentido de melhor obter a 'fotografia' dos candidatos. O pior é que hoje em dia, até nós, profissionais de RH temos cada vez mais relutância em dar algumas informações, pois quer queiramos ou não, estamos a vincular-nos a algo que passará a constar do processo de cada Pessoa. Não é um assunto simples, mas daí até haver uma 'lista negra'... parece-me bem a condenação.
Podem ler a notícia na íntegra a seguir:

Notícia publicada no FiscoSoft

"A Justiça do Trabalho condenou uma empresa de recursos humanos. ao pagamento de indenização por dano moral a um trabalhador que teve seu nome incluído numa "lista negra". A condenação, decidida pela Vara do Trabalho de Campo Mourão (PR) e mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (Paraná), manteve sua validade após a Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho não conhecer (rejeitar) o recurso de revista de ambas as partes.
A reclamação trabalhista foi inicialmente ajuizada por um trabalhador rural contra a empresa e uma cooperativa, para quem tinha prestado serviços, como mão-de-obra contratada pela primeira, em três ocasiões. Segundo afirmou na inicial, o mercado de trabalho de Campo Mourão e dos municípios adjacentes é dominado pelas duas empresas. Depois do último contrato, em 1997, o trabalhador não conseguiu mais emprego e passou a vender sorvetes para sustentar a família.
Pouco depois, ficou sabendo da existência de uma lista, preparada pela empresa com a colaboração da cooperativa, com o nome de ex-empregados "que, segundo seu ponto de vista, de uma forma ou de outra tivessem causado ou pudessem causar qualquer tipo de problema para elas - em especial aqueles que tivessem ação ou participassem como testemunha na Justiça do Trabalho ou tivessem qualquer tipo de demanda judicial".
De acordo com documentos e depoimentos constantes nos autos, a lista era distribuída pela empresa de recursos humanos às empresas que contratavam seus serviços "como um diferencial a seus clientes, de modo a assegurar que não teriam problemas trabalhistas com seus empregados". O caso foi denunciado pelo Ministério Público do Trabalho.
A sentença da Vara do Trabalho condenou a Empresa ao pagamento de indenização por dano moral no valor de R$ 20 mil. No julgamento do recurso ordinário, o TRT do Paraná reduziu a condenação a R$ 2 mil. As duas partes recorreram ao TST: o trabalhador, pretendendo aumentar o valor da indenização; e a empresa, alegando prescrição do direito e incompetência da Justiça do Trabalho, como preliminares, além de insistir na inexistência do dano moral.
O relator do recurso, ministro Barros Levenhagen, examinou todos os pontos questionados tanto pelo trabalhador quanto pela empresa. Sobre o valor da indenização, ressaltou que a decisão do TRT observou "os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade na avaliação da situação econômica da vítima e do agente causador da ofensa, bem como a ausência de comprovação de a lista ter acarretado a ausência de contratação do reclamante". Como a matéria se baseia na avaliação dos fatos e provas do processo, e esse procedimento é vedado pela jurisprudência do TST, o recurso do trabalhador não foi conhecido.
Sobre a prescrição, a empresa alegou em seu recurso que a ação foi ajuizada depois de transcorridos dois anos da extinção do contrato de trabalho - o trabalhador foi demitido, na terceira contratação, em junho de 1997, e a reclamação ajuizada em junho de 2003. O ministro Levenhagen, porém, ressaltou que o prazo prescricional de dois anos após a extinção do contrato de trabalho "refere-se apenas aos direitos que coexistiam com a duração do pacto laboral, e não aos que nasceram posteriormente a ele", como no caso.
De acordo com o acórdão do TRT, o trabalhador tomou conhecimento da inclusão de seu nome na lista no início de 2002, mas não conseguiu provar a alegação. O Regional, então, considerou a contagem do prazo prescricional a data de emissão da lista - junho de 2001. A ação, portanto, foi proposta dentro do limite. O ministro Levenhagen, ao analisar o tema, lembrou que "à época da dispensa ainda não existia a ?lista negra? que originou o pedido de indenização. Daí porque, naquele momento, não poderia o trabalhador pleitear o objeto da ação".
Em seu recurso, a empresa sustentou que nos autos não havia prova da relação entre a existência da "lista negra" e o suposto dano provocado. O argumento, porém, foi refutado pelo relator e pelos demais ministros da Turma. "Sabe-se que o dano moral constitui lesão a direitos de personalidade, que, no caso desse processo, são a honra e a imagem do trabalhador", afirmou o ministro Barros Levenhagen. "A sua configuração se efetiva com o abalo sentimental da pessoa em sua consideração pessoal ou social".
O ministro assinalou que o próprio TRT consignava que "o dano ao trabalhador ocorre no momento em que seu nome é incluído na lista", independentemente do resultado, "sendo latente a agressão à sua honra e imagem". O ministro Milton de Moura França, presidente da Quarta Turma do TST, reforçou esse entendimento. "Os valores da dignidade humana - éticos, pessoais, morais, religiosos - têm de ser preservados, e a ofensa a esses valores, no caso, é um fato objetivo. A lista existia, e isso é inquestionável."
Este não foi o primeiro caso de dano moral envolvendo a empresa de recursos humanos e a cooperativa e sua lista negra. Em junho, a mesma Quarta Turma julgou processo idêntico. Na ocasião, porém, foi mantida decisão regional que considerou prescrito o direito do trabalhador, uma vez que a ação só foi ajuizada em 2004, e a lista elaborada em 2001."

07 agosto 2006

iPoder

What's next?

iPoder

"Andava eu de metro quando ao meu lado se sentou um miúdo (infelizmente já posso dizer isto) e retirou da mochila um iPod. Calmamente colocou os phones e começou a ver um vídeo. Sim um vídeo. Por entre o jornal não resisti a olhar com mais atenção. A imagem era evidentemente pequena mas não deixava dúvidas. O puto estava a ver um vídeo-porno. Ajeitei-me no banco, olhei à volta e já não era só eu que seguia atentamente o filme (o argumento cativava).
Questionei-o com o olhar, não devia ter mais do que dois pelos na cara, e sem retirar os phones explicou-me a mim e a todas as pessoas que estavam na carruagem. «Podfapping, ver pornografia num iPod», disse ele e as suas sorridentes borbulhas.
Mal cheguei a casa resolvi investigar (não cheguei a ver como acabava o filme porque o rapazinho saiu passadas duas estações). Encontrei uma ajuda preciosa no Urban Dicionary onde os novos termos vão sendo depositados à medida que são criados.
Estas novas palavras eram até há pouco, exclusividade das empresas que lançavam os novos produtos ou então de jornalistas mais atentos, que acompanhavam os lançamentos inventando também eles novas palavras. E ficar associado a uma nova palavra é, hoje em dia, quase tão importante como ganhar um Pullitzer.
Os blogues vieram mudar tudo isto. São agora os comuns dos mortais, que reinventam o vocabulário, lançando novas palavras na Internet que depois ganham vida própria e passam a fazer parte do dia-a-dia. Começam na gíria, no calão e passam a definição.
Lá estava então o famoso Podfapping e um sem número de palavras derivadas. iPodyssey, por exemplo, é supostamente, o árduo questionário que algumas pessoas fazem para adquirirem um iPod. Nas lojas é habitual ouvir questões do género: «Olhe, por favor, onde é que entram os CD’s para dentro do iPod?» ou «Qual é o botão do rec?», ou ainda, «Isto leva 10 mil CD’s mas eu só tenho 40, acha que compre na mesma?». Adiante.
Comecemos pelo princípio. Quando o dono de qualquer iPod caminha pela rua a ouvir música ou a ver um filme passa a ser um podestrian. Quando devotamos as nossas vidas ao iPod e passamos todo o tempo a ouvir, a fazer downloads ou a quitar o precioso iPod passamos a ser podaholics. Ainda assim bem menos grave que outros holics. Há quem também se refira a este estado de adoração como iPoddolatry.
Vem agora uma das minhas preferidas. Qualquer podaholic que se preze deve usar o seu iPod para evitar o contacto com pessoas indesejáveis. Essa pessoa passará então a ser conhecida como um Pod Snob, alguém que se refugia na música para não ter que aturar conversas desinteressantes. As aplicações parecem infinitas.
iPod spamming, fazer mais downloads de música do que aqueles que alguma vez vai ouvir. Isto é feito por aquela gentinha que quer aumentar o número de músicas no iPod só para tentar parecer mais cool do que é realmente.
iPlode que significa implodir os ouvidos por ter o volume demasiado alto. E por fim o Playlistism que, segundo o site, é o acto de julgar os outros pelo seu gosto musical, definido no conteúdo do iPod e que leva a um novo tipo de discriminação como o racismo, o sexismo ou o benfiquismo. Espero que estas palavras entrem rapidamente no nosso vocabulário e que ajudem publicitários cansados que não se cansam de fazer trocadilhos do género «ai pode, pode»."

Nuno Presa Cardoso Director criativo da BBDO

Publicado quinta-feira, 3 de Agosto de 2006 20:40 por Expresso Multimedia

Comentário do Alpiarcense: Na função que exerço, profissionalmente, um dos factores fundamentais é a curiosidade e a capacidade de antever situações futuras que decorrem de determinadas evoluções (não confundir com futurologia), sejam tecnológicas, sejam demográficas, sejam económicas, sejam outras. Basicamente quem tem a responsabilidade por Gerir o Capital Humano das Organizações deve preocupar-se em acompanhar o mais possível as tendências de evolução deste tipo de manifestações no sentido de adequar as políticas de gestão às mesmas.
No entanto, e cada vez que vejo artigos como o que copiei acima, fico com a sensação que não é de todo humanamente possível acompanhar o ritmo alucinante a que as coisas estão a acontecer.
Na minha humilde opinião, cada vez mais devemos assumir um papel de "Night Walker" ou seja, 'aprender' em permanência, e com tudo o que nos rodeia... e nem assim creio que possamos acompanhar o ritmo.

Gostava de ter a vossa opinião acerca deste tema alpiarcense@gmail.com

06 agosto 2006

Lista de Devedores ao FISCO

Já está disponível a lista dos devedores ao Fisco para que todos possam ficar a saber quem não cumpre as suas obrigações fiscais.
A publicação desta lista afinal foi uma boa idéia antes da sua própria publicação, pois ao que parece levou um grande número de devedores a regularizar a sua situação, ou a apresentar garantias de que iria regularizar a situação a breve prazo.
No entanto não resultou para os que estão nas listas, pois pelo que se pode ler sobre o assunto, pouco ou nada fizeram os nomeados para alterar a situação.

Pelo menos os cofres do Estado lá arrecadaram mais uns euritos. Na minha opinião, devemos continuar todos a pugnar pela responsabilização colectiva no sentido de cumprir as nossas obrigações... só falta agora mesmo é cortar nas despesas do Estado.

PS- Ah! Gostei muito do parágrafo que incluíram no texto que explica a apresentação das listas, e que dá a possibilidade aos faltosos de "Caso os contribuintes discordem do escalão em que foram incluídos, podem solicitar a rectificação do seu posicionamento nas listas."

Fundação José Relvas - Nova direcção eleita à margem dos estatutos

Notícia publicada no Jornal O Mirante - link para a notícia

SECÇÃO: Sociedade

Ex-presidente da assembleia de contribuintes da Fundação José Relvas admite irregularidade
Nova direcção eleita à margem dos estatutos
Em vez dos 40 maiores contribuintes conforme estabelecem os estatutos e o testamento de José Relvas, participaram 50 pessoas na assembleia da fundação para eleger os novos corpos sociais.
A assembleia de contribuintes que elegeu o novo conselho de administração da Fundação José Relvas, em Alpiarça, realizou-se violando os estatutos. Deviam ter participado os 40 maiores contribuintes do concelho, como estipulam as regras estatutárias, mas acabaram por votar 50 pessoas.
Uma situação confirmada e assumida pelo presidente da assembleia na altura, Francisco Cunha, justificando a irregularidade com a necessidade urgente de se ultrapassar um impasse.
Segundo reconheceu, o testamento de José Relvas diz que só podem participar na assembleia da fundação os 40 maiores contribuintes do concelho. Mas a lista pedida às Finanças demorou seis anos a chegar e apareceu com 50 nomes. Apesar da irregularidade a assembleia acabou por se realizar com o acordo da maioria dos contribuintes.
“Foi uma forma de desbloquear uma situação que durava há seis anos, quando tínhamos pedido às Finanças o envio da lista com os 40 maiores contribuintes do concelho. Senão corríamos o risco de ficar mais cinco ou seis anos à espera”, explicou Francisco Cunha que dirigiu os trabalhos desta reunião que decorreu no dia 12 de Junho, onde decidiu não continuar a ser presidente da assembleia.
A assembleia acabou por eleger, apesar dos protestos de alguns contribuintes, os órgãos sociais da fundação com base na única lista concorrente. O conselho de administração é agora constituído por Manuel Miranda do Céu (presidente do Clube “Os Águias”, sogro da directora da fundação e pai do presidente da câmara), Joaquim Garrido (empresário) e Gabriela Coutinho (professora e ex-vereadora). Integram ainda esse órgão representantes da câmara municipal e da junta de freguesia por inerência dos cargos.
O ex-presidente da assembleia, Francisco Cunha (que deu o lugar a Pedro Melo), assume a situação mas, diz, “uma coisa são os estatutos e o testamento e outra é o espírito” que lhes está subjacente. E em tom de crítica à forma como algumas pessoas participam na vida da fundação diz que “se José Relvas viesse cá hoje não deixava algumas pessoas que fazem parte dos maiores contribuintes entrar sequer à porta”.
Admite ainda que “muitas pessoas tentam utilizar a fundação para fins políticos”. Embora ressalve que as suas valências (lar de idosos, centro de dia, creche e jardim de infância e apoio domiciliário) funcionam de forma exemplar e que a fundação cresceu muito nos últimos anos.
“Nunca na assembleia pessoas ligadas a determinadas facções políticas, como o PCP, apresentaram propostas em prol dos utentes ou se preocuparam em saber como estão a ser tratados”, salientou. Acrescenta que isso “não quer dizer que da outra parte, de elementos ligados ao PS e ao PSD, não existam também pessoas assim”.
Francisco Cunha entende que as pessoas que estão agora à frente da Fundação “devem procurar regular a situação junto das Finanças”, solicitando uma lista apenas com 40 nomes, conforme deixou expresso na última assembleia que dirigiu.
A Fundação José Relvas é uma das principais empregadoras do concelho. E deve a sua existência a José Relvas, que legou à população de Alpiarça todo o seu património.

27 julho 2006

Uma boa Experiência

No final de 2001 estava a trabalhar na montagem do 4.º Operador de UMTS em Portugal, a ONIWAY, junto com mais cerca de 80 Consultores da Accenture, com as mais diversas proveniências (Portugueses, Brasileiros, Israelitas, Iranianos, Japoneses, Americanos, Espanhóis... e julgo que não estou a esquecer nenhuma das diversas nacionalidades presentes na equipa). Tal diversidade cultural justificava-se, não só pela dimensão do Projecto, mas também porque estávamos a implementar uma tecnologia sobre a qual não havia disponível no nosso País o know-how suficiente.

Nessa altura, tivémos a necessidade de aceder a um determinado conhecimento técnico muito especifíco, e que um colega Finlandês tinha acabado de implementar com sucesso numa empresa daquele País. Fizémos os necessários contactos, e eis senão quando, ficámos a saber que o nosso colega tinha tirado uma licença sem vencimento para dar a volta a Mundo, durante 1 ano, cujos registos diários ia fazendo via internet, através de um site que criou de propósito (e que na altura visitámos com muita curiosidade, mas que não consigo agora recuperar).

Este tipo de 'aventura' deixou-me com uma certa inveja, pela extraordinária capacidade de acção para mudar a vida, ou mais ainda, pela capacidade de tomar as rédeas do próprio destino.

Hoje, ao ouvir o velejador Ricardo Dinis, no programa "Pessoal e Intransmissível" - durante a semana depois das 19 horas, que o João Almeida tão bem conduz na TSF (www.tsf.pt), relembrei-me desta história magnífica, pois o Ricardo faz o mesmo, e fiquei deslumbrado pela forma como ele 'viu' Portugal a partir da solidão do Mar. É incrível o que se diz quando se vêem as coisas doutra perspectiva. E uma das frases que mais me marcou foi quando ele disse, que "um velejador solitário tem cerca de 20 horas por dia para pensar, e com tanto tempo para pensar, é natural que nessas idéias tenhamos outra clareza, outra perspectiva do Mundo". Afinal de contas, a profunda depressão que os media querem fazer-nos crer que estamos a viver, não passa de uma ligeira 'indisposição' que breve dará lugar a pensamentos mais optimistas.

Afinal de contas, há mais de 500 anos que os Portugueses mostraram ao Mundo a grandeza do seu querer, e lutando contra as maiores adversidades, deram a conhecer o Mundo ao Mundo.

Eu acredito que muitos portugueses ainda têm no seu ADN alguns dos genes que fizeram desses antepassados Grandes Homens.

Aconselho uma visita ao sítio do Ricardo em www.goportugal.org

Para re-ouvir o Programa, creio que dentro de alguns dias estará disponível aqui http://www.tsf.pt/online/radio/index.asp?pagina=Arquivo

24 julho 2006

Afinal somos alentejanos... só que não sabíamos

Recebi de um amigo, não alpiarcense, um mail com informação sobre Alpiarça que está disponível na Wikipedia em http://pt.wikipedia.org/wiki/Alpiar%C3%A7a , brincando comigo pois lá está indicado que Alpiarça faz parte da Região do Alentejo.

Há alguém que esteja registado como Contributor do wikipedia e possa pedir para alterar aquilo?

Vá lá, não tenho nada contra os Alentejanos, mas nós fazemos parte mesmo é do Ribatejo.

Agradecido pela ajuda... depois avisem-me quando o texto estiver actualizado.

Obrigado

Coisas Boas Feitas em Alpiarça

Quinta da Lagoalva, tinto reserva 2004

Texto de:Armando Fernandes publicado no Jornal O Ribatejo

No caderno de Economia do Expresso, edição nº 1756, nas últimas notícias, podia-se ler e ficar a saber que o único vinho estrangeiro servido nos restaurantes do estádio de Leipzig era o Lagoalva Reserva. A encomenda foi de duas mil garrafas. Aqueles que andam continuamente a minorar os efeitos da danação que parece pairar por cima dos vinhos do Ribatejo, devem ter ficado exultantes por esta escolha. Eu fiquei, mais a mais, porque em recente visita à Quinta da Lagoalva durante a refeição, escolhi como meu interlocutor para acompanhar as comidas, precisamente este tinto reserva de 2004 elaborado a partir das castas Alfrocheiro Preto, Cabernet Sauvignon e Syrah e, que estagiou em pipas de carvalho francês. Sobre o que vi e observei nessa visita é assunto para outra crónica, relativamente ao tinto em causa, afirmo ter-me afagado os sentidos de modo tão convincente, que não derivei para outros vinhos que se encontravam à disposição dos convivas. Vale a pena dizer ainda, que este vinho proveniente de vinhas plantadas em terrenos conhecidos pelos quatro efes, em prova solitária, realizada pela manhã, sem aborrecimentos e fadigas que me impedissem de, novamente, o analisar como mandam as regras e as manias particulares, se revelou em termos de cor: límpido e dotado de uma luminosidade a ressaltar o carregado granadino, também caracterizado por capa alta. No nariz vieram ao de cima aromas a fruta bem madura, ameixas e amoras silvestres, com laivos de mineral profundo, ou não estivesse o terreno carregado de húmus. Na boca repetiram-se as positivas sensações detectadas no olfacto, além de os taninos domesticados gracilmente nos darem um vinho amplo, elegante, fresco, redondo, vigoroso na sua harmonia suave, com um final prolongado e guloso. Como é evidente, a prova fez-se com recurso a copo de prova, fino e transparente. È que, nalguns restaurantes supostamente muito chiques, andam a servir vinhos qualificados em copos grossos de cores berrantes. Este vinho, à conquista dos germânicos conhecedores, é produzido e engarrafado pela Sociedade Agrícola da Quinta da Lagoalva – Alpiarça e faz parte da Rota da Vinha e do Vinho do Ribatejo.

Comentário: Também eu tenho orgulho no que a Quinta da Lagoalva, e em especial o Eng.º Manuel Campilho, têm feito pela divulgação do nome de Alpiarça, nomeadamente através dos vários produtos de qualidade que a Lagoalva tem vindo a colocar no mercado. Um bom exemplo de atitude positiva e de persistência para que a nossa terra seja citada nos mais variados meios de comunicação social pelo que de bom se faz por cá.

Vale a pena visitar www.lagoalva.pt

21 julho 2006

MAIS COISA MENOS COISA ALPIARÇA FICA A GANHAR

Seguindo uma sugestão do nosso conterrâneo e comentador Ilidio Ramos (Parracho), que vive há uns bons anitos fora de Alpiarça e que costuma comentar no Rotundas & Encruzilhadas desde há uns dias como Latxo, alcunha que lhe sobrevem da adolescência, vamos iniciar com este post simultâneamente aqui no Alpiarcense e no Rotundas um exercício diferente de convivência, onde podemos ser diferentes, mas sermos o bastante inteligentes para construir pontes em que caminhos paralelos se possam encontrar.
Por sugestão do Ilidio este será um post onde se possa discutir seriamente, sem ‘gritos’ sem ‘ofensas’ e mais que tudo com respeito mutuo.
Não sei se iremos falar apenas de Alpiarça, se falaremos também de Portugal, se falaremos igualmente do Mundo, mas certamente uma coisa é certa:

- MAIS COISA MENOS COISA, ALPIARÇA VAI FICAR A GANHAR.

Meus senhores a palavra é vossa façam favor de começar.

20 julho 2006

ANTÓNIO CENTEIO LANÇA NOVO ROMANCE

Escritor Alpiarcense lança novo livro - BEATRIZ FILHA INGRATA

Do site:http://www.macalfa.pt/ecopy/centeio.html

António Centeio, Beatriz, Filha Ingrata

Edições Ecopy - Porto 2006 - Preço 14,00 euros
Colecção On-Demand 8O

Drama, a luxúria e a tragédia fazem parte do romance Beatriz Filha Ingrata. Retrata a vida de uma menina que se torna mulher no seio de uma família normal, enveredando pelo caminho da prostituição, por causa do dinheiro e acabando por engravidar de um desconhecido para entregar depois o filho à mãe. Não bastando, rouba as economias da própria mãe para, de seguida, abandonar os dois seres mais importantes da sua vida, voltando ao mundo que muito bem conhece… Ninguém, até hoje, sabe do seu paradeiro.Com a devida vénia às Edições Ecopy

18 julho 2006

Ainda bem que não fomos Campeões do Mundo...

Notícia Publicada num site brasileiro

"O tetracampeonato mundial da Itália irá obrigar uma cadeia de lojas a desembolsar cerca de 10 milhões de euros (R$ 28 milhões) para bancar uma promoção. Antes da Copa, a rede de lojas Media World anunciou a seus clientes que os compradores de aparelhos de tevê seriam reembolsados caso a azzurra se tornasse campeã mundial.
Cerca de 10 mil consumidores aderiram à promoção, adquirindo equipamentos entre 900 e 5 mil euros. Com o título, receberão o dinheiro de volta.A Media World, que pertence a um grupo alemão, garante que tem dinheiro em caixa e que "ninguém perderá o emprego para cumprirmos nosso compromisso", afirmou Pierluigi Bernasoni, diretor da empresa na Itália. "

Por cá foram também várias as empresas ou grupos de empresas que andaram a fazer promoções por causa do Mundial, mais ou menos nos mesmos moldes, ou seja, com descontos até 100% dependendo do lugar a que a Selecção Nacional conseguisse chegar.

Por isso é que eu digo que «ainda bem que não fomos Campeões do Mundo de Futebol», pois já viram o prejuízo que não seria essas empresas terem que devolver o valor facturado à conta do Mundial... 'tava lindo tava'... e como somos todos precavidos, nem seguro devem ter feito, para a eventualidade de Portugal vencer mesmo a final.

Assim ficou melhor, conseguimos um lugar honroso e não houve necessidade de medidas mais drásticas, como por exemplo a de um Chinês, adepto da Holanda, que se suicidou após a vitória de Portugal sobre aquela equipa:

Vitória de Portugal sobre a Holanda leva chinês a suicidar-se
[ 2006/06/29 15:26 ] Redacção MaisFutebol

A vitória de Portugal frente à Holanda nos oitavos-de-final do Mundail levou um adepto chinês a suicidar-se, atirando-se do sétimo andar de um hotel no noroeste da China, noticia o jornal oficial «Shanghai Daily» na edição desta quinta-feira. Esta conclusão de suicídio foi tirado depois de a policia da cidade de Baoji ter encontrado um papel no bolso do adepto onde ele explicava que decidiu suicidar-se depois de ter ficado desapontado com a equipa holandesa, alegadamente por ter apostado muito dinheiro numa vitória da Holanda.

«Ele pode ter-se suicidado porque perdeu qualquer esperança na vida, após a sua equipa de futebol favorita, a Holanda, ter perdido por 1-0 contra Portugal nesse dia», disse um funcionário do hotel ao jornal chinês, que dá ainda conta que na carta de despedida o adepto, de cerca de 30 anos, pediu para que lhe retirassem os órgãos para serem doados e deu conta que não podia contar com o apoio de ninguém por ser órfão e pobre.

Este é o segundo incidente conhecido na China envolvendo jogos de Portugal no Mundial. Antes, um adepto da cidade de Qingdao, na província oriental de Shandong, sofreu um ataque cardíaco ao ver a selecção portuguesa falhar um golo contra Angola, estando livre de perigo.

Depois desta morte do chinês apoiante da Holanda sobem para nove as vítimas mortais do Mundial na China, pelo menos seis delas devido a ataques cardíacos, excesso de stress e de álcool e noites mal dormidas, uma vez que a diferença horária obriga os adeptos chineses que querem ver a transmissão em directo a assistir aos jogos pela madrugada fora.

Comentário Final: «E ainda dizem que o Desporto faz bem à saúde...»

17 julho 2006

Carta aberta ao PM José Sócrates

Circula na Internet uma carta aberta do Prof. Santana Castilho a José Sócrates e ao seu Governo. Pelo interesse, e porque tive o privilégio de ser seu aluno na Universidade, transcrevo-a na íntegra, aguardando os vossos comentários.

Santana Castilho*

Esta é a terceira carta que lhe dirijo. As duas primeiras, motivadas por um convite queformulou mas não honrou, ficaram descortesmente sem resposta. A forma escolhida para a presente é obviamente retórica e assenta num direito que o Senhor ainda não eliminou: o de manifestar publicamente indignação perante a mentira e as opções injustas e erradas da governação.Por acção e omissão, o Senhor deu uma boa achega à ideia, que ultimamente ganhou forma na sociedade portuguesa, segundo a qual os funcionários públicos seriam os responsáveis primeiros pelo descalabro das contas do Estado e pelos malefícios da nossa economia. Sendo a administração pública a própria imagem do Estado junto do cidadão comum, é quase masoquista o seu comportamento. Desminta, se puder, o que passo a afirmar:1. Do Statistics in Focus n.º 41/2004, produzido pelo departamento oficial de estatísticas da União Europeia, retira-se que a despesa portuguesa com os salários e benefícios sociais dos funcionários públicos é inferior à mesma despesa média dos restantes países da Zona Euro.2. Outra publicação da Comissão Europeia, L”Emploi en Europe 2003, permite comparar a percentagem dos empregados do Estado em relação à totalidade dos empregados de cada país da Europa dos 12. E que vemos? Que em média, nessa Europa, 25,6 por cento dos empregados são empregados do Estado, enquanto em Portugal essa percentagem é de apenas 18 por cento. Ou seja, a mais baixa dos 12 países, com excepção da Espanha. As ricas Dinamarca e Suécia têm quase o dobro, respectivamente 32 e 32,6 por cento. Se fosse directa a relação entre o peso da administração pública e o défice, como estaria o défice destes dois países?3. Um dos slogans mais usados é o do peso das despesas de saúde. A insuspeita OCDE diz que na Europa dos 15 o gasto médio por habitante é de 1458 ?. Em Portugal esse gasto é… 758 ?. Todos os restantes países, com excepção da Grécia, gastam mais que nós. A França 2730 ?, a Áustria 2139, a Irlanda 1688, a Finlândia 1539, a Dinamarca 1799, etc. Com o anterior não pretendo dizer que a administração pública é um poço de virtudes. Não é. Presta serviços que não justificam o dinheiro que consome. Particularmente na saúde, na educação e na justiça. É um santuário de burocracia, de ineficiência e de ineficácia. Mas, infelizmente para o país, os mesmos paradigmas são transferíveis para o sector privado. Donde a questão não reside no maniqueísmo em que o Senhor e o seu ministro das Finanças caíram, lançando um perigoso anátema sobre o funcionalismo público. A questão reside em corrigir o que está mal, seja público, seja privado. A questão reside em fazer escolhas acertadas. O Senhor optou pelas piores.De entre muitas razões que o espaço não permite, deixe-me que lhe aponte duas:1. Sobre o sistema de reformas dos funcionários públicos têm-se dito barbaridades. Como é sabido, a taxa social sobre os salários cifra-se em 34,75 por cento (11 por cento pagos pelo trabalhador, 23,75 por cento pagos pelo patrão). Os funcionários públicos pagam os seus 11 por cento. Mas o seu patrão Estado não entrega mensalmente à Caixa Geral de Aposentações, como lhe competia e exige aos demais empregadores, os seus 23,75 por cento. E é assim que as “transferências” orçamentais assumem perante a opinião pública não esclarecida o odioso de serem formas de sugar os dinheiros públicos. Por outro lado, todos os funcionários públicos que entraram ao serviço em Setembro de 1993 já verão a sua reforma calculada segundo os critérios aplicados aos restantes portugueses. Estamos a falar de quase metade dos activos. E o sistema estabilizará nessa base em pouco mais de uma década.Mas o seu pior erro, Senhor Engenheiro, foi ter escolhido para artífice das iniquidades que subjazem à sua política o ministro Campos Cunha, que não teve pruridos políticos, morais ou éticos por acumular aos seus 7000 euros de salário os 8000 de uma reforma conseguida com seis anos de serviço. E com a agravante de a obscena decisão legal que a suporta ter origem numa proposta de um colégio de que o próprio fazia parte.2. Quando escolheu aumentar os impostos, viu o défice e ignorou a economia. Foi ao arrepio do que se passa na Europa. A Finlândia dos seu encantos baixou-os em quatro pontos percentuais, a Suécia em 3,3 e a Alemanha em 3,2. Porque não optou por cobrar os 3,2 mil milhões de euros que as empresas privadas devem à segurança social? Porque não pôs em prática um plano para fazer andar a execução das dívidas fiscais pendentes nos tribunais tributários e que somam 20.000 milhões de euros? Porque não actuou do lado dos benefícios fiscais, que em 2004 significaram 1000 milhões de euros? Porque não modificou o quadro legal que permite aos bancos, que duplicaram lucros em época recessiva, pagar apenas 13 por cento de impostos?Porque não revogou a famigerada Reserva Fiscal de Investimento e a iníqua lei que permitiu à PT Telecom não pagar impostos pelos prejuízos que teve… no Brasil, o que, por junto, representará cerca de 6500 milhões de euros de receita fiscal perdida? A verdade e a coragem foram atributos que Vossa Excelência invocou para se diferenciar dos seus opositores. Quando subiu os impostos, que perante milhões de portugueses garantiu que não subiria, ficámos todos esclarecidos sobre a sua verdade. Quando elegeu os desempregados, os reformados e os funcionários públicos como principais instrumentos de combate ao défice, percebemos de que teor é a sua coragem.

* Professor do ensino superior

15 julho 2006

E agora... o que é que eu faço?

Quando optei pelo contador da www.bravenet.com para este blog, foi porque o mesmo permite fazer uma análise um pouco mais detalhada dos acessos ao site.
Apesar de há uns dias ter deixado de colocar aqui posts, por manifesta indisponibilidade, esta semana coincidiu com a saída do jornal Voz de Alpiarça e com o artigo do Ricardo Hipólito que elogia o http://alpiarcense.blogspot.com.
Da análise efectuada podemos verificar que quase 40 pessoas, em média, ainda visitam o blog diariamente, o que me deixa num dilema... manter isto fechado ou tentar fazer um esforço no sentido de manter o blog actualizado?

Acho que vou tentar manter o blog actulizado... obrigado pelo apoio que alguns me deram para continuar.

04 julho 2006

Oportunidades de Emprego em Alpiarça - Informação Útil



Aconselho vivamente a utilização do novo Portal de Emprego apresentado pelo Governo.

O acesso faz-se através do endereço www.netemprego.gov.pt onde podem registar-se e consultar as ofertas de emprego disponíveis. A navegação é simples, e como o Portal utiliza os serviços do Instituto de Emprego, existem muitas ofertas disponíveis, como podem ver pelo exemplo, onde a esta hora estão disponíveis 5 ofertas de emprego para Alpiarça.

Fica aqui a minha ajudinha para divulgar o Plano Tecnológico (Declaro para os devidos efeitos que não recebo nada por este conselho)

O Alpiarcense

03 julho 2006

As minhas apostas para o Mundial... Revistas

Antes do início do campeonato do Mundo de Futebol 2006, quando ainda todas as hipóteses eram válidas, apostei em 4 finalistas:

"Os 4 finalistas serão:

- Brasil
- Inglaterra
- Portugal
- Irão"

Felizmente não me enganei em todos, e o mais engraçado é que o único em que acertei era o que mais receios me trazia, pelo historial que temos de falhar nos momentos decisivos.
No entanto, arrisco agora que nos vamos vingar da França, e que na final venceremos contra os Italianos, com mais de 1 bilião de adeptos a torcer connosco, Portugal, Espanha, Brasil, Angola, Alemanha e por aí fora.

Mesmo que as previsões voltem a falhar, Scolari deu um exemplo fantástico de como gerir pessoas para o sucesso. Se o Madaíl não lhe renovar o contrato como Seleccionador Nacional, já tem lugar garantido como Consultor especializado em Coaching (Coach=Treinador) para os altos executivos e gestores. Bom seria que pudesse iniciar o trabalho mesmo aqui em Portugal, onde o "Choque Tecnológico" da Gestão passa por alterar o 'mindware' dos gestores.

Para já, vou ver se as previsões de concretizam, depois voltarei ao tema da Gestão das Pessoas, afinal de contas a minha maior paixão.

VIVA PORTUGAL !!!

alpiarcense@gmail.com

27 junho 2006

Movimento pela Reabilitação do Cine-Teatro de Alpiarça

Os blogs também devem servir para defender causas, e hoje, lanço aqui um apelo às forças vivas de Alpiarça, à Autarquia, a todos os Alpiarcenses, um desafio que já fiz quando o Alpiarcense era anónimo... REABILITEM O CINE-TEATRO DE ALPIARÇA.

Eu era muito jovem e lembro-me muito bem do fascínio que me causava o facto de ir o cinema em Alpiarça aos Sábados à noite. Muita gente ia ao cinema, que chegou a ter lotações esgotadas nalguns filmes. Lembro-me dos cartazes nas vitrines laterais, e da bilheteira do lado direito à entrada. O bar era no primeiro andar, e enchia-se nos intervalos. Bons tempos.

O edifício é hoje património de um particular, o Sr. Carlos Pires, que teve o bom senso de manter o seu interior inalterado, provavelmente na expectativa de um dia tudo aquilo poder ser reabilitado.

Em Almeirim procedeu-se à revitalização daquele espaço. Na Chamusca idem, e isto só para falar nos concelhos mais próximos. E porque é que em Alpiarça não lançamos um movimento a favor da reabilitação do nosso Cine-Teatro?

As escolas do concelho poderiam lá realizar actividades, poderiam haver espectáculos de teatro, fixo ou itinerante, provavelmente até poderia ressurgir algum grupo de teatro amador, como já houve em Alpiarça. A juventude poderia dinamizar aquele espaço com actividades culturais que não encontram no nosso concelho um espaço com as condições que o Cine-Teatro tinha e poderá voltar a ter.

Caros concidadão, está lançado o desafio, fico á espera dos vossos comentários, sugestões, e divulgação, VAMOS LUTAR PELA REABILITAÇÃO DO NOSSO CINE-TEATRO.

Alpiarça sempre foi uma terra de causas...

VAMOS ABRAÇAR ESTA CAUSA, A REABILITAÇÃO DO CINE-TEATRO DE ALPIARÇA.

O Alpiarcense
Helder Figueiredo
alpiarcense@gmail.com

NÃO HÁ CRIME PERFEITO!

Para quem anda um pouquinho atento e vai sabendo, ao menos através de blogues, o que se vai passando em Alpiarça, já deve ter ouvido dizer que o Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas de José Relvas, de Alpiarça, http://www.eps-jose-relvas.rcts.pt/conselhoexecutivo.htm ,tem sido vítima de boatos, e-mails e de cartas anónimas municiadas de mentiras, calúnias e insinuações que enviam para instituições oficiais de forma a colocarem em causa (e destruírem) as vítimas-alvo.
Claro que ao apurarem-se os factos verídicos, facilmente se desmontará a mentira e as pessoas em causa serão ilibadas das acusações. Mas até lá, até ao apuramento da verdade, o desgaste psicológico das vítimas, pelo tipo de calúnias e a intensidade dos ataques, junto de instituições oficiais ou organismos superiores do Ministério da Educação, provocam enorme desgaste psicológico, por forma inclusive a pedirem a exoneração dos cargos.

Claro que as vítimas alvo, sentindo-se caluniadas, puseram a sua defesa a trabalhar e segundo se sabe, pelo menos uma das cartas anónimas conteria em anexo a 2.ª via da factura de compra de equipamentos para o agrupamento de escolas, obtida num estabelecimento comercial ilegalmente, por pessoa que teria dito ao empregado de balcão que os serviços da escola necessitavam de uma 2.ª via da factura.

Dada a modernidade do estabelecimento e o facto do mesmo ter sistemas de vigilância vídeo e gravação de som 24 sobre 24 horas, a pessoa que supostamente se fez representar como dirigente da escola já estará identificada, não só pela imagem como pela voz.

Digamos que será a ponta do novelo e muita coisa esta pessoa terá de explicar.

Os comentários, esses ficarão para os leitores de O Alpiarcense

26 junho 2006

Alpiarça mantém derrama e IMI

Informação útil - Publicado no Jornal 'O Mirante'

Alpiarça mantém derrama e IMI

A taxa da derrama (imposto que incide sobre o IRC das empresas) no concelho de Alpiarça mantém-se em 0,8 por cento para o ano de 2006. Na assembleia municipal de quinta-feira a CDU ainda propôs a suspensão daquela taxa como forma de atrair investimento.
Uma proposta prontamente rejeitada pela abancada do PS, com Paulo Espírito Santo a lembrar que uma medida do género iria fazer com que a autarquia deixasse de contar com receitas de empresas grandes do concelho.
Na votação houve dez votos a favor e seis contra, tendo a proposta sido aprovada.
No que respeita ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para o concelho em 2006, as propostas da CDU também foram rejeitadas. A coligação defendeu uma redução de ambas as taxas - de 0,65 por cento para os prédios urbanos e de 0,35 por cento para os prédios urbanos avaliados pelas regras do IMI.
“Compreendemos a situação difícil por que passam as câmaras mas a diferença para a autarquia será mínima e bastante para as famílias de poucos recursos”, justificou João Osório.
Pelo PS, Fernando Ramalho lembrou a taxa de IMI aplicada em Alpiarça é similar à de concelhos vizinhos, para justificar a manutenção das percentagens.
Na votação da taxa do IMI, a presidente da mesa da assembleia municipal, Vera Noronha (PS), usou o seu voto de qualidade para aprovar a proposta socialista, quando havia oito votos a favor e oito contra.

20 junho 2006

Jornalismo e Bloggers

Dado o súbito aparecimento de Blogs sobre a nossa terra, importa reflectir sobre este fenómeno.
Começou tudo em Setembro de 2005, com o http://alpiarcense.blogspot.com, numa brincadeira que ganhou proporções de coisa séria. Entretanto surgiram o http://rotundaseencruzilhadas.blogspot.com e podem ver do lado direito deste blog mais uns quantos (o http://www.verdeverdugo.blogspot.com/, o http://gandalf-li.blogspot.com/, o http://ratoeirasearmadilhas.blogspot.com/, o http://alpiarcarazao.blogspot.com/ e agora também o http://otrevodomar.blogspot.com/).
Não me vou pronunciar sobre os blogs, apenas sobre aquele que me parece estar a cumprir um objectivo interessante que é o Rotundas (devidamente reconhecido já no artigo do Ricardo Hipólito no Jornal Voz de Alpiarça), trazendo à luz da discussão na blogosfera assuntos relevantes para Alpiarça, com um bom nível de textos e de discussão à volta dos mesmos, gerando um nível de visitas diárias que significa ser este blog um centro de interesse para os Alpiarcenses que se movimentam pela internet.
Não creio que seja possível ainda apurar o impacte que este tipo de meio de comunicação tem na nossa vida comunitária, até porque descontando o número de vezes que cada 'leitor' acede durante o dia ao blog, creio que estamos a falar de apenas algumas dezenas de leitores diários. Comparando, e se pudéssemos editar um jornal diário em Alpiarça, creio que o mesmo não sobreviveria com tão pouca audiência. O desafio interessante seria a manutenção de um Jornal Mensal, em papel e com uma distribuição superior a 1.000 exemplares, complementado com um espaço na internet que alimentasse diariamente a vontade de saber as novidades dia-a-dia.
Pretendo vir a desenvolver este assunto com mais profundidade, mas para início de conversa fica aqui um texto interessante do jornalista Paulo Querido, que está disponível no sítio do Jornal Expresso. Aconselho também vivamente a crónica do Pacheco Pereira na Revista Sábado desta semana, e que está também disponível no seu http://abrupto.blogspot.com mais ou menos aqui.


Jornalismo e bloggers

Texto de Paulo Querido - Publicado no Jornal Expresso

A euforia em torno da descoberta da ferramenta de auto-edição e das admiráveis possibilidades da informação automaticamente ligada por hipertexto (presente na blogosfera e infelizmente ausente dos meios tradicionais em linha, sobretudo em Portugal) leva os novos autores, os bloggers a embandeirar em arco. Essa euforia traduz-se nesta síntese retirada do "senso comum blogosférico": são eles, bloggers os ladinos investigadores de A Informação num mundo em que os jornalistas se enrodilham numa panóplia de crises que afectam a Imprensa…
Ainda que o meu senso esteja nos antípodas do comum, não vou discutir a euforia, até porque dela tenho participado activamente desde Março de 2003, quando publiquei o meu primeiro post. Nenhuma pessoa que viva na info-esfera pode negar que há realidades comunicacionais a emergir, algumas das quais ameaçam as indústrias da informação e do lazer. Mas nem tudo o que parece é. Na última sessão pública em que estive acabei por subverter a questão: enquanto vamos sabendo o que podem os blogues trazer ao jornalismo (vivacidade, rapidez, expertise em certos assuntos, controlo de qualidade), porque não perguntar também o que não podem os blogues trazer ao jornalismo?
Há respostas imediatas e outras nem tanto, uma vez que o meio está em permanente evolução e o que é verdade neste instante arrisca-se a ser subvertido amanhã.
Um exemplo bem ilustrativo desta natureza periclitante. Sempre achei que os meios portugueses tinham cometido um terrível erro ao abdicarem do seu nome entregando-se nos braços dos portais. A marca Expresso subalternizou-se perante o Clix (expresso.clix.pt), o título Diário de Notícias foi engolido pelo Sapo (dn.sapo.pt), etc. Mas os estudos mais recentes acerca de hábitos de leitura em linha indiciam que os jovens (que são o público por agarrar) consomem a informação principalmente a partir de portais, que assim se valorizam mais que os nomes, marcas e títulos convencionais; afinal a «estratégia», devidamente entre aspas, dos portugueses arrisca-se a estar correcta e a minha inicial cogitação total e humildemente errada.
Apesar disso, é preciso arriscar. E eu aposto nestas respostas imediatas. Os blogues não podem dar ao jornalismo autenticidade, modelo de negócio, credibilidade, sustento, ou apoio. Se houvesse uma balança comercial entre os dois mundos, a blogosfera era largamente devedora dos media: contam-se facilmente os casos emblemáticos em que de alguma forma ajudou a melhorar o jornalismo, mas são incontáveis (e ninguém os deseja mencionar) os casos de apropriação (devida e indevida) de conteúdos e de enfoques. Ainda que lhes custe admitir, a blogosfera tem proporcionado ao jornalismo mais ruído que substância. Podia ser parte da solução, mas até agora mantém-se como parte do problema.

Paulo Querido
23:32 8 Junho 2006

16 junho 2006

Trabalhadores da Autoeuropa oferecem ajuda a colegas da Opel

Recebi esta notícia por mail, e parece-me uma atitude de louvar.
Numa altura em que 'Solidariedade' é uma palavra despida de qualquer sentido, sabe bem sentir que os trabalhadores se unem em prol uns dos outros.
O investimento estrangeiro tem destas coisas, e a Globalização mostra em Portugal o seu lado mais feio.
Já tive o privilégio de viver o dia-a-dia na Autoeuropa, pois foi onde desenvolvi o projecto de consultoria que mais 'gozo' me deu, pelo ambiente, pelas pessoas, e pela dimensão da fábrica.


Prensa de Palmela pode ser aproveitada
Trabalhadores da Autoeuropa oferecem ajuda a colegas da Opel
[ 2006/06/16 13:10 ] EditorialPGM
Opel: 1200 Trabalhadores desiludidos com risco de desemprego

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Casa-mãe diz que Opel da Azambuja não é competitiva

Os trabalhadores da Autoeuropa, a maior fábrica automóvel do País, uniram-se para ajudar os funcionários da Opel, na Azambuja.
Os colaboradores da unidade de Palmela propõem aos funcionários da fábrica da Opel o aproveitamento das prensas da Autoeuropa. É que a inexistência de uma prensa na Azambuja é precisamente um dos factores que diminuem a competitividade da unidade portuguesa da General Motors. Segundo um estudo divulgado pela casa-mãe, a fábrica da Azambuja consome mais 500 euros que as outras fábricas europeias por cada veículo que produz.
A fábrica necessitava de uma prensa, mas os custos ascendiam a qualquer coisa como 33 milhões de euros. O encerramento era dado como quase certo, depois de ter sido anunciado que o Opel Combo, o único modelo a ser produzido na Opel Portugal, vai passar a ser produzido em Saragoça, Espanha.
Esta proposta foi esta sexta-feira apresentada pelas Comissões Sindical e de Trabalhadores da Opel da Azambuja ao presidente da Câmara Municipal, devendo ser, de seguida, apresentada também à administração.
O responsável da Comissão Sindical, Luís Figueiredo, considera que fica assim conseguido um grande passo no sentido de assegurar a sustentabilidade da fábrica.
Os trabalhadores estão esta sexta-feira em greve, tendo-se reunido ao início da manhã em frente às instalações da fábrica, e tendo na agenda uma marcha até à Câmara Municipal da Azambuja. Na rua decorreu a reunião informal com o presidente da autarquia.

14 junho 2006

Contra a Mediocridade

Li recentemente um artigo na revista Sábado sobre a cultura da cábula e as suas mutações tecnológicas. Hoje, com o acesso massificado dos telemóveis de última geração, os alunos conseguem fazer exames sem estudar um pouquinho que seja. Ou tiram fotos da matéria e guardam nos telemóveis para consultar durante o exame, ou através de SMS's passam a matéria para o exterior e alguém responde pela mesma via, ou ainda, no caso de ser possível a utilização de PC's portáteis, utilizando o MSN Messenger para fazer os exames em equipa.
Não quero ser moralista, até porque também elaborei algumas cábulas ao longos das quase 2 dezenas de anos que investi na minha formação académica, mas confesso que nunca as consegui utilizar de forma eficaz.
Não sou nem nunca fui de copiar. Na minha opinião, hoje em dia cada vez mais não é importante a informarção que temos, mas sim o que fazemos com ela.
E este é um aspecto fundamental a ter em conta, porque enquanto não dermos este salto que representa a mediocridade de copiar apenas sem sequer entender o que estamos a copiar (e se hoje é fácil copiar com a tecnologia que temos à nossa disposição), nunca deixaremos de ser um País pequenino, com pessoas sem criatividade e com um esquema mental reduzido à sua mais básica tarefa de receber informação sem a processar.
Os professores, ao facilitarem a utilização das novas tecnologias nas salas de exame estão, de forma muito perigosa, a contribuir para criar nas próximas gerações a sensação de que tudo na vida será fácil, assim se dominem as novas tecnologias.

- Só uma pergunta. É assim tão complicado reter os telemóveis aos alunos ou mesmo proibi-los de os utilizar enquanto estão a fazer exame? Quando eu estudava, havia professores que não nos deixavam ter mais nada em cima da mesa do que o enunciado, a caneta e a folha de respostas.

Se não investirmos na capacidade de reflectir e de pensar, creio que estamos a criar uma geração (ou várias porque até as gerações se renovam cada vez mais rapidamente) de pessoas amorfas, que apesar de estarem a viver uma época sem precedentes no que ao acesso à informação diz respeito, mas não sabem o que fazer com ela. Ou seja, uma cambada de inúteis e 'apensantes'.

Termino com a estória que um amigo me contou. Quando trabalhou numa secretaria ligada às forças armadas, tirava fotocópias dos processos que tinham um carimbo a dizer "Confidencial". E eu perguntei-lhe "mas o que fazias com isso?". "Nada... só tirava as cópias porque podia ser informação importante".

Aguardo os vossos comentários ou sugestões para alpiarcense@gmail.com

PS - Ah! É só para dizer que já se podem fazer comentários anónimos. Infelizmente só agora percebi que tinha essa funcionalidade desactivada. Se calhar por isso é que têm escasseado os comentários

09 junho 2006

Para acompanhar o Mundial 2006


Sítio Oficial: http://fifaworldcup.yahoo.com/06/pt/

Ok, rendo-me às evidências, o Mundial de Futebol 2006 começa já daqui a pouco, e então ficam aí alguns sítios para colocarmos nos favoritos da internet para ir acompanhando os resultados:

Sítios de Media:

TSF - http://www.tsf.pt/online/desporto/dossiers/Mundial2006/default.asp
A BOLA - http://www.abola.pt/mundial/2006/index.asp
RTP - http://www.rtp.pt/wportal/sites/especiais/mundial2006/Index.php
SIC - http://www.mundialtotal.com (Está assim anunciado mas a esta hora ainda não funciona)



Nos Blogs:

http://alemanhaemdirecto.blogspot.com (tem mais links lá dentro)
http://www.losblogueros.net/mt-weblog/2006/05/podcast_internacional_mundial.html
http://www.worldcupblog.org/

FORÇA PORTUGAL...

08 junho 2006

O Futebol e a Difícil Arte de Gerir Pessoas...

Este é um assunto que me toca particularmente, por razões profissionais, e porque não ligo muito à bola. No entanto, e uma vez que vamos estar anestesiados durante umas semanas com os olhos postos no que se estará a passar no Mundial da Alemanha, deixo-vos para reflectir um texto publicado mais uma vez no Diário Económico.
Comentário: "É difícil agradar a gregos e troianos." Ah! E já repararam que a Grécia ficou de fora desta campeonato... toma e embrulha.

Gestao & Gestores
Quinta, 8 de Junho de 2006
Cadernos de Management
Rita Gama

Hoje há jogo. A que horas é a reunião?

Se estava à espera de se sentar calmamente em frente à televisão na sua poltrona preferida, rodeado de um grupo de amigos para ver o Mundial de Futebol, esqueça. É que nesta primeira fase os jogos são quase todos em horário de trabalho e a não ser que tenha marcado férias para esta altura vai ter de contar com a boa vontade da empresa onde trabalha. Ou não? A gestão não é fácil. Para os fanáticos de futebol, a melhor opção é tirar férias e mesmo ir até à Alemanha assistir a alguns dos jogos para “respirar o ambiente”. Outra hipótese é tentar convencer algum dos seus colegas, menos fanáticos, a trocar de horário, o que não vai ser fácil. Mais drástico é pedir a demissão. Acredite ou não, já houve quem o fizesse. Se tiver sorte, o seu chefe também gosta de futebol e fará o favor de lhe fazer companhia durante o jogo. Tudo por amor à pátria, claro! No Reino Unido, por exemplo, um estudo elaborado por um especialista em finanças indica que 67% das empresas britânicas estão a planear deixar os seus funcionários ver os jogos durante o horário de trabalho. Uma “benesse” que, de acordo com alguns responsáveis por recursos humanos pode transformar-se num presente envenenado. Ou seja, já pensou a que jogos é que os seus funcionários vão poder assistir? É que se abrir excepções para a selecção nacional, naturalmente vai ter de alargar o leque a outras selecções, uma vez que os funcionários podem não ter todos a mesma nacionalidade. E para os que não gostam de futebol? Que outras oportunidades terão para ver outros programas do seu interesse? Ser-lhes-á dado tempo livre? Uma coisa é certa, de uma forma ou de outra, há quebra de produtividade com certeza. Se por um lado, os funcionários vão deixar de produzir para ver futebol, por outro se não o fizeram vão perder tempo a procurar informação sobre o jogo. Vão querer saber todos os pormenores da partida ou na Internet, ou através dos amigos. Ou ainda, vão arranjar maneira de trazer um rádio portátil, um MP3 ou de activar os vários serviços disponibilizados pelas operadoras e receber mensagens a cada cinco minutos com o relatório do jogo via SMS. Quem resistirá a activar o sistema? Por isso, pense bem! Caso não deixe os seus trabalhadores assistirem aos jogos poderá estar a contribuir em força para o aumento do stresse e da ansiedade dos portugueses. Se os deixar assistir, vai ver o trabalho de semanas acumular-se nas secretárias, os clientes insatisfeitos e os prejuízos a crescer. Isto claro, se não optar por pô-los a fazer horas extraordinárias. Mas e se Portugal perde? Quem terá vontade para trabalhar? Acredite, seja qual for a sua opção, adivinham-se tempos difíceis na gestão da sua empresa. Se não for pelo trabalho que vai ficar por fazer, poderá ser pelos ânimos e humores que vão andar ao sabor dos resultados.

Tome nota: Portugal joga nos dia 11 de Junho às 20h00, 17 de Junho às 14h00 e 21 de Junho às 15h. Os outros jogos estão agendados para as 14h, 17h e 20h, na primeira fase. . .

Cuidados Redobrados

Apanhei há pouco esta notícia no sítio do Jornal O Ribatejo em www.oribatejo.pt

2006-06-06 00:00:17

Judiciária deteve violadores em Santarém e Alpiarça

"A Polícia Judiciária deteve um homem, 24 anos, que terá violado uma jovem maior de idade, na zona de Santarém. Os factos ocorreram em Novembro de 2005, tendo o autor do crime utilizado uma substância para colocar a vítima, maior de idade, inconsciente. O suspeito, que mantém uma relação de parentesco com a vítima, vai aguardar julgamento em prisão preventiva.No âmbito de outra investigação, foi detido um homem estrangeiro, 19 anos, indiciado pela prática de crime de abuso sexual de uma menina de 12 anos, ocorrido na zona de Alpiarça. A vítima também é estrangeira e mantinha com o detido uma relação de vizinhança, adianta a PJ, acrescentando que o suspeito está detido preventivamente.A Polícia Judiciária deteve onze homens suspeitos de abuso sexual de crianças e violação, entre Abril e Maio nos distritos de Lisboa e Santarém, segundo a directoria de Lisboa da Polícia Judiciária. As detenções resultam de investigações independentes a situações de abuso sexual de sete crianças, duas jovens e quatro adultos portadores de deficiência."

07 junho 2006

Manda quem pode e obedece quem tem juízo

Meter medo é uma boa estratégia de liderança ou apenas servirá para esconder inseguranças?

Texto retirado do site do Diário Económico em www.de.iol.pt
Secção: Gestão & Gestores
Quarta, 7 de Junho de 2006
Jornalista: Rita Gama

Anda a sempre a pôr paninhos quentes, esforça-se para ser simpático e evita a todo o custo ferir susceptibilidades. Esqueça! Um bom líder é aquele que sabe intimidar, aquele que trata os seus colaboradores a chicote. A ideia pode ser repugnante, pelo menos à partida, mas pode ter as suas vantagens. Quantas vezes já chamou a atenção a este ou aquele colaborador? Quantas oportunidades já deu ao ‘grupinho’ mais problemático da empresa? E o tempo que perdeu? Se tivesse sido mais duro ou sabido intimidar talvez as coisas tivessem resultado de outra forma. Ou não? “Parabéns. Os resultados da nossa empresa são vergonhosos, mesmo para uma indústria arruinada e, a única garantia que vos posso dar é que os próximos 12 meses vão ser um verdadeiro inferno! Se vos pareci excessivamente duro só têm uma solução: mudem de emprego. A timidez passou à história”, disse John Pluthero, novo presidente da Cable & Wireless, aos seus colaboradores. Este é o verdadeiro exemplo de um gestor moderno. Pelo menos na opinião de Roderick M. Kramer, professor de comportamento organizacional da ‘Graduate School of Business de Standford’, nos Estados Unidos. Na teoria do docente não há como intimidar “para fazer as coisas acontecerem”. Para o professor o que poderia parecer chocante numa primeira abordagem, rapidamente se torna benéfico. “Quanto mais pessoas entrevistei, mais percebi que este tipo de liderança (autoritária) tinha acabado por fazer bem à empresa. Viram-se livres dos parasitas e focalizaram a gestão”, explica Kramer. Ou seja, de acordo com o norte-americano a maioria das pessoas preferiam trabalhar com um chefe autoritário. Talvez porque é dos “grandes intimidadores” que vem a grande inspiração, defende.Bill Gates, fundador e durante anos CEO da Microsoft, era um assim. Quem trabalhou com ele define-o como um líder carismático, mas duro. Obcecado por trabalho e em derrotar a concorrência, Gates tanto elogiava quem trabalhava bem como gritava com quem merecia. Chegava a meter medo, mas era admirado e venerado por todos. “Quando se está a começar uma empresa, não temos nada para oferecer a não ser a nós próprios, à nossa imagem”, contou uma das suas colaboradoras ao jornal Washington Post. E a verdade é que, aparentemente, resulta. Se o objectivo é levar as pessoas a trabalhar, meter medo pode ser uma óptima ferramenta. Porque chefe que é chefe manda, e o que é pedido é para ser feito. Pelo menos, a curto prazo.

Líderes tóxicos

E o bom ambiente? E a motivação? Se o segredo do sucesso de uma empresa está em ter chefes autoritários, porque dizem os especialistas em liderança que o medo é inimigo da criatividade? Porque, a longo prazo não há vantagens. Na opinião de Arménio Rego, professor de comportamento organizacional da Universidade de Aveiro e autor de vários artigos sobre liderança, “os líderes intimidativos podem obter resultados, mas deixam exangues os colaboradores, minam a confiança e penalizam o desempenho organizacional”. Mais, podem provocar danos irremediáveis na empresa, como a perda dos melhores colaboradores que “irão procurar alternativas”, explica o professor. Um estilo autoritário pode mesmo ter efeitos disfuncionais. “As pessoas passam o tempo a dizer mal do chefe, a defender-se e acabam por não se expor”, acrescenta Miguel Pina Cunha, professor na Universidade Nova de Lisboa. Contas feitas, o autoritarismo acaba por ser contraproducente. Quem é que no seu juízo perfeito irá contar um problema a um chefe que não sabe ouvir e reage mal aos obstáculos? Resultado, em vez de se resolverem os problemas, estes acabam por se ir acumulando. Acaba-se a lealdade, rompe-se a confiança e o empenho afectivo no trabalho. Fica o medo de agir e tomar decisões. Provocam-se o que os especialistas em liderança chamam “ambientes tóxicos”. Peter Frost, autor de “Emoções tóxicas no trabalho” (’Toxic Emotions at Work’) explicava como a toxicidade pode ter consequências perversas nas organizações e nos colaboradores. “Produz aumentos do absentismo, incrementa os abandonos da organização, induz actos de sabotagem, decresce a motivação e o desempenho”. Quem sofre é o colaborador, mas também a empresa.

O que define um bom líder

Para se ser um bom líder, o segredo está no equilíbrio. Isto é, gerir com autoridade e firmeza sem se ser intimidativo ou desrespeitador. É preciso saber ouvir e elogiar, mas também chamar a atenção quando for o caso. É aquele que incentiva e motiva os seus colaboradores. Ainda assim, “não deve confundir-se autoridade com liderança pelo medo”, sublinha Arménio Rego. Além disso, impor-se à força nunca foi um bom método. O ideal é saber seduzir, ter o poder de persuadir e capacidade influenciar. No fundo, ser o exemplo que todos gostariam de seguir. “A liderança diz respeito a relacionamentos e uma boa comunicação significa respeito pelos indivíduos”, defendem Arménio Rego e Miguel Pina e Cunha, no livro “A essência da liderança”. Essencialmente, “os líderes não infligem medo”, defendem os autores. Devem, sim, dar espaço de manobra aos seus colaboradores e apelar ao entusiasmo, optimismo, resiliência, coragem, confiança e sabedoria.

Sanções aumentam a produtividade.

Um estudo da universidade alemã de Erfurt, publicado recentemente no jornal ‘Science’ mostra como as sanções podem ajudar a subir a produtividade e ser bem mais eficazes que a política de incentivos, habitualmente praticada nas empresas. Para realizar o estudo foram seleccionados 84 estudantes, a quem foi dado dinheiro para investir em projectos. Divididos em dois grupos, mais de metade optou pela equipa que não previa castigos para os menos produtivos. Os outros foram colocados na equipa em que as pessoas eram punidas monetariamente, sempre que não se mostravam produtivos ou não colaboravam com o resto do grupo. Ao fim de algum tempo, os estudantes optavam por mudar para o grupo onde eram aplicadas as sanções. E não só. Acabavam por trabalhar melhor em equipa.

O servidor

- Respeito pelos indivíduos que têm direito à sua dignidade. É uma questão de ética. Os líderes não infligem medo nos colaboradores.
- A boa comunicação implica que se saiba ouvir. Informação é poder, mas é despropositada quando escondida. Para que uma organização ou uma relação funcionem, é necessário que a informação seja partilhada.
- Libertar as pessoas para fazerem o que é necessário do modo mais eficaz e humano que for possível
- Definir a realidade e remover os obstáculos que dificultam a actividade dos colaboradores.

O intimidador

- Infunde o medo aos outros, para fazer “as coisas acontecerem”, devassando-lhes a privacidade. Não motiva.
- Enfurece-se e, mesmo quando não lhe apetece, finge que está furioso. É duro e trata os colaboradores a ‘chicote’.
- Não comunica. Põe um ar taciturno e não fala. Assim, pode mudar de ideias a qualquer momento, sem perder a face. Não partilha informação.
- Inteira-se dos factos, ou tenta. Quando não é possível, faz de conta que está tudo bem. Tenta ser convincente, mas não sabe apontar caminhos.

Comentário do Alpiarcense: Observar tendências é uma actividade fascinante, abre-nos os olhos e faz-nos apreciar comportamentos noutra perspectiva.

alpiarcense@gmail.com

06 junho 2006

Isto muda tudo...

Ao ler a notícia que a seguir se reproduz na íntegra, fico a pensar que tudo o que tem sido a blogosfera até agora vai mudar de forma radical.
O Tribunal californiano, ao decidir em favor da confidencialidade das fontes dos blogs está a indicar um caminho sem retorno, que irá transfigurar completamente a forma como nos iremos relacionar no futuro. As empresas vão ter que começar a gerir a sua informação doutra forma, os políticos vão ter que ser mais transparentes, e os 'Bloggers' vão ter uma responsabilidade acrescida em busca da credibilidade e da coerência.
Afinal de contas, deste modo cada um de nós que decide escrever em blogs deve passar a ser credível (como os jornalistas), investigar as notícias (como os jornalistas) e construir contextualizando as notícias (como os jornalistas).
Com tamanha responsabilidade provavelmente ser blogger no futuro implica estar devidamente credenciado para isso...

Notícia do Público

Protecção de fontesTribunal da Califórnia protege bloguers do mesmo modo que jornalistas 30.05.2006 - 17h37

"Um tribunal da Califórnia considerou que os bloguers, tal como os jornalistas profissionais, têm direito a manter a confidencialidade das suas fontes de informação. A decisão, inédita, foi tomada pelo tribunal de recurso (Court of Apeal) de San José, naquele estado norte-americano e tem potencial para mudar o jornalismo na era digital.
Segundo conta o jornal “San Francisco Chronicle”, citado pelo “site” Meios e Publicidade, um grupo de bloguers decidiu ir a tribunal depois de a multinacional Apple ter tentado obrigá-los a revelar a identidade da pessoa, provavelmente um empregado da empresa, que lhes forneceu detalhes sobre um projecto denominado Asteroid. As informações que publicaram foram rapidamente difundidas em várias páginas de internet. Os três juízes que analisaram o caso, além de afirmarem que os bloguers não têm obrigação de revelar as suas fontes, decidiram também que podem proteger-se invocando as mesmas leis que se aplicam aos jornalistas tradicionais, por exemplo a Primeira Emenda. A decisão do Court of Appeal de San Jose, que veio contrariar uma do Santa Clara County Superior Court, fala das alterações na forma em que se conseguem e publicam notícias. Por seu turno a Apple argumentou que os bloguers não podem ser considerados jornalistas, mostrando também a sua preocupação para com o facto de a internet facilitar a divulgação pública dos seus segredos, o que pode levantar-lhe problemas de concorrência. A empresa, que não processou directamente os bloguers, pôs em tribunal o servidor de internet, que tem acesso aos e-mails trocados entre os bloguers e as suas fontes. A sentença assinala ainda que os direitos dos bloguers são extensivos à protecção dos seus e-mails, chamadas telefónicas e documentos escritos."

Aguardo os vossos comentários alpiarcense@gmail.com

30 maio 2006

Assembleia de Contribuintes da Fundação José Relvas

Caros leitores

Acalmem-se os espíritos mais inquietos, porque não pretendo utilizar o Blog para divulgar o que se passou e irá passar nas Assembleias de Contribuintes da Fundação José Relvas.
Já vi, pelo aumento do número de visitas, que alguém veio à procura de algo que, creio, não deva ser divulgado através deste meio.

O assunto é muito sério, e com coisas sérias não se brinca.

Considero um privilégio poder contribuir para cumprir o que José Relvas deixou em Testamento, e pretendo fazê-lo, independentemente do que vier a ser definido a nível dos futuros Corpos Sociais que irão gerir no próximo mandato os destinos da Fundação.

Nesse sentido, e porque acho muito importante cumprir o meu papel como Cidadão informado e interveniente, em defesa dos interesses comuns, vou sim utilizar este blog como espaço de discussão de idéias e propostas para fazer mais e melhor pelo nosso Concelho, pelas Instituições no geral, pelas Empresas e pelas Pessoas.

Como membro da Assembleia de Contribuintes, disponibilizo-me desde já para, humildemente, 'escutar' com atenção o que os leitores desde blog e os Alpiarcenses em geral me queiram dizer sobre a Fundação e o seu modo de funcionamento em todas as suas valências. Reservo-me o direito, como é evidente, de não publicar o que me disserem, pois o objectivo é contribuir com idéias e propostas positivas, e não denegrir o trabalho que tem vindo a ser feito.

Alpiarça e os Alpiarcenses podem orgulhar-se das condições que a Fundação, nas suas mais diversas valências, tem actualmente para oferecer a quem a elas recorre. Podemos fazer melhor? Ok, então venham de lá as sugestões...

Informação sobre a Fundação José Relvas em http://www.cma.cm-alpiarca.pt/fund_jr_ab.htm.
Helder Figueiredo

Aguardo as vossas informações, idéias, sugestões e propostas em alpiarcense@gmail.com

26 maio 2006

Paulo Espírito Santo... Campeão

Gostava de dar os parabéns ao Paulo Espírito Santo pelo artigo publicado esta semana na revista Sábado sobre os seus feitos desportivos.
Mas sobretudo gostava de acrescentar mais algumas palavras de quem já conviveu em tempos de forma mais permanente com o Paulo, uma vez que estudámos na mesma escola e na mesma turma. O Paulo deu-me boleia muitas vezes no seu 205 XAD branco, e até me ajudou a estudar para algumas cadeiras na faculdade, daquelas que muitas vezes não encaixavam assim às primeiras. Aproveito para te agradecer publicamente essa ajuda.
Nunca falámos muito sobre o seu acidente, mas fizémos uma vez uma viagem fabulosa entre a Tapada e Alpiarça, no 205, com relato descritivo sobre a sensação de fazer o mesmo percurso mas na sua potente moto. Nunca andei de moto, mas confesso que o entusiasmo com que o Paulo relatou aqueles quilómetros como se fosse a andar em duas rodas, me fizeram sentir como se estivesse a viver essa viagem na realidade e duas rodas. Foi um espectáculo.
Convivi com o Paulo na altura em que andou com as próteses, um período que não se revelou positivo, uma vez que em vez de o ajudar ainda lhe prejudicava mais a mobilidade. Como ele afirma no artigo da Sábado, privilegiou a mobilidade e não a estética, o que é uma opção corajosa, e que deve servir de exemplo para outras pessoas.
Concordo com o facto de ele se afirmar como um "chato", que o é na realidade, mas no bom sentido, ou seja, não desiste na defesa intransigente dos interesses das pessoas com deficiência, que ainda são muito mal tratados pela nossa sociedade. E não é preciso pensar muito em coisas que ainda são feitas sem pensar nestas pessoas. Vejam-se as caixa do Multibanco, os botões dos elevadores, o estacionamento selvagem, os passeios que não são adequados (nos passeios então é mesmo gritante, basta tentar andar com uma cadeirinha de passeio com um bébé para perceber a inadequação dos mesmos).
Não voltámos a ter um contacto tão próximo, mas ficaram-me boas memórias da perserverança, da inteligência, da astúcia e da capacidade de argumentação. Tenho saudades do tempo em que discutíamos, eu, o Paulo, o Queijo no Bar do ISLA. Ah, grandes noites a puxar pela argumentação e pelos neurónios. Um exemplo de vida e de adaptação a uma nova condição. Com o Paulo não há coitadinhos, e só isso é uma grande lição.
Parabéns pelos teus resultados desportivos.

Helder Figueiredo

Fica um link para outra notícia sobre o Paulo Espírito Santo http://www.fptenis.pt/actualidades/newsletter2.pdf para ler o artigo da Sábado têm mesmo que comprar a revista pois não está disponível na net.

25 maio 2006

Excelentíssimos Senhores Doutores

Nas minhas deambulações pela net, e pelos cada vez mais interessantes e activos 'blogs' cá do burgo, dei por alguns comentários sobre um tal de Dr. Helder Figueiredo. Pensei que era eu. E para confirmar fui verificar na minha Cédula de Cascimento... no meu BI... no meu Passaporte... no meu cartão de Contribuinte... no meu cartão de Utente... no meu cartão da Segurança Social e a única coisa que encontrei foi... Helder Figueiredo. Fiquei aliviado. Afinal não era comigo.

Quando é que deixamos de ser tão pequenos e deixamos de continuar a viver agarrados à 'doutorite' e 'engenheirite' aguda. Oh meus senhores, Doutores e Engenheiros é o que mais há por aí. Já olharam para as mãos das meninas das caixas dos Hipermercados? Já leram os últimos relatórios referentes ao desemprego? Já repararam nas habilitações literárias de muitos dos estrangeiros que vêm tentar a sua sorte no nosso País? Pois é, tudo doutores ou engenheiros. E no entanto continuamos na cauda da Europa no que à qualificação profissional diz respeito.
O nosso problema é cultural isso sim. Quando vivemos dos títulos académicos e não do que somos ou fazemos, mal vai o nosso País.

Só para terminar, lembro uma história que me contaram hà pouco tempo, em que um tal de Doutor qualquer coisa, ao ser apresentado apenas como Senhor, corrigiu a secretária que o apresentava como tal. Ao que a senhora, de forma educada e elevada, respondeu que "sabe, eu identifiquei-o como Senhor, porque Doutores há muitos, o que começa a haver cada vez menos são 'Senhores' com S maiúsculo, mas se preferir...".

12 maio 2006

Um novo negócio

Numa época em que estamos tão mal no que ao emprego diz respeito, li com muito interesse um pequeno artigo onde noticiavam que no Japão, inventaram um novo tipo de trabalho.
Há pessoas que em troca de um determinado pagamento se disponibilizam a ouvir determinados 'desabafos', 'impropérios' ou mesmo insultos que outras pessoas desejam 'despejar' como se aos seus chefes/patrões/conjuges fossem dirigidos. Ou seja, transformam-se durante alguns minutos num chefe/patrão/conjuge de aluguer só para serem insultados, e para que as pessoas descarreguem a sua fúria tendo apenas como consequência um pequeno abalo na carteira.
Dizia também que por mais uns trocos, as mulheres, e só as mulheres, podiam também dar uma bofetada a este novo tipo de profissionais.
Ora aí está uma idéia criativa, que poderá ter um sucesso interessante no nosso País. Com o ambiente de negativismo que vivemos, o que não faltarão são pessoas com vontade de esmurrar a sua cara-metade ou mandar o chefe/patrão à m... ou até perguntar pela sua mãezinha.
Resta saber se esta profissão terá enquadramento no IRS.

PS - Os políticos ficaram de fora, pois para os insultar pelo menos, não é preciso recorrer a este serviço. Bastam os jornais, as reuniões e outros fóruns onde eles próprios se encarregam de tratar do assunto.

15 fevereiro 2006

Está de regresso o Blog onde tudo começou...

Olá a todos,

Agora que já não é anónimo o Alpiarcense, e depois de ter dado início em Setembro de 2005 a uma 'pedrada no charco' em Alpiarça, que levou ao aparecimento de outros blogs (ver a secção sites com interesse em www.freewebs.com/alpiarcense), decidi regressar a este formato de Blog porque é de mais fácil utilização, e apesar do pouco tempo que esteve no 'ar', confesso que já tenho saudades dos dias de comentários apaixonados e polémicos que surgiram nessa altura.

O Portal do Alpiarcense nasceu com outros propósitos e continuará a evoluir de acordo com as opiniões e com as eventuais sugestões que forem surgindo nesse sentido, pretendendo ser acima de tudo um 'sítio' com interesse para os Alpiarcenses e amigos de Alpiarça. Conto com a colaboração de todos. Não é um jornal online, não é feito por jornalistas, é antes um repositório electrónico do que quisermos que seja, e feito com a maior das carolices.

Para o blog virão as opiniões, se calhar as polémicas, mas a idéia é discutir não só Alpiarça mas também outras realidades. O mundo não acaba ali perto das rotundas, e há mais sobre o que falar.

Fica também o convite aos autores dos outros blogs sobre Alpiarça para que sejamos elementos de complementaridade e não de competitividade.

Comentários e sugestões para: alpiarcense@gmail.com