27 junho 2006

Movimento pela Reabilitação do Cine-Teatro de Alpiarça

Os blogs também devem servir para defender causas, e hoje, lanço aqui um apelo às forças vivas de Alpiarça, à Autarquia, a todos os Alpiarcenses, um desafio que já fiz quando o Alpiarcense era anónimo... REABILITEM O CINE-TEATRO DE ALPIARÇA.

Eu era muito jovem e lembro-me muito bem do fascínio que me causava o facto de ir o cinema em Alpiarça aos Sábados à noite. Muita gente ia ao cinema, que chegou a ter lotações esgotadas nalguns filmes. Lembro-me dos cartazes nas vitrines laterais, e da bilheteira do lado direito à entrada. O bar era no primeiro andar, e enchia-se nos intervalos. Bons tempos.

O edifício é hoje património de um particular, o Sr. Carlos Pires, que teve o bom senso de manter o seu interior inalterado, provavelmente na expectativa de um dia tudo aquilo poder ser reabilitado.

Em Almeirim procedeu-se à revitalização daquele espaço. Na Chamusca idem, e isto só para falar nos concelhos mais próximos. E porque é que em Alpiarça não lançamos um movimento a favor da reabilitação do nosso Cine-Teatro?

As escolas do concelho poderiam lá realizar actividades, poderiam haver espectáculos de teatro, fixo ou itinerante, provavelmente até poderia ressurgir algum grupo de teatro amador, como já houve em Alpiarça. A juventude poderia dinamizar aquele espaço com actividades culturais que não encontram no nosso concelho um espaço com as condições que o Cine-Teatro tinha e poderá voltar a ter.

Caros concidadão, está lançado o desafio, fico á espera dos vossos comentários, sugestões, e divulgação, VAMOS LUTAR PELA REABILITAÇÃO DO NOSSO CINE-TEATRO.

Alpiarça sempre foi uma terra de causas...

VAMOS ABRAÇAR ESTA CAUSA, A REABILITAÇÃO DO CINE-TEATRO DE ALPIARÇA.

O Alpiarcense
Helder Figueiredo
alpiarcense@gmail.com

NÃO HÁ CRIME PERFEITO!

Para quem anda um pouquinho atento e vai sabendo, ao menos através de blogues, o que se vai passando em Alpiarça, já deve ter ouvido dizer que o Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas de José Relvas, de Alpiarça, http://www.eps-jose-relvas.rcts.pt/conselhoexecutivo.htm ,tem sido vítima de boatos, e-mails e de cartas anónimas municiadas de mentiras, calúnias e insinuações que enviam para instituições oficiais de forma a colocarem em causa (e destruírem) as vítimas-alvo.
Claro que ao apurarem-se os factos verídicos, facilmente se desmontará a mentira e as pessoas em causa serão ilibadas das acusações. Mas até lá, até ao apuramento da verdade, o desgaste psicológico das vítimas, pelo tipo de calúnias e a intensidade dos ataques, junto de instituições oficiais ou organismos superiores do Ministério da Educação, provocam enorme desgaste psicológico, por forma inclusive a pedirem a exoneração dos cargos.

Claro que as vítimas alvo, sentindo-se caluniadas, puseram a sua defesa a trabalhar e segundo se sabe, pelo menos uma das cartas anónimas conteria em anexo a 2.ª via da factura de compra de equipamentos para o agrupamento de escolas, obtida num estabelecimento comercial ilegalmente, por pessoa que teria dito ao empregado de balcão que os serviços da escola necessitavam de uma 2.ª via da factura.

Dada a modernidade do estabelecimento e o facto do mesmo ter sistemas de vigilância vídeo e gravação de som 24 sobre 24 horas, a pessoa que supostamente se fez representar como dirigente da escola já estará identificada, não só pela imagem como pela voz.

Digamos que será a ponta do novelo e muita coisa esta pessoa terá de explicar.

Os comentários, esses ficarão para os leitores de O Alpiarcense

26 junho 2006

Alpiarça mantém derrama e IMI

Informação útil - Publicado no Jornal 'O Mirante'

Alpiarça mantém derrama e IMI

A taxa da derrama (imposto que incide sobre o IRC das empresas) no concelho de Alpiarça mantém-se em 0,8 por cento para o ano de 2006. Na assembleia municipal de quinta-feira a CDU ainda propôs a suspensão daquela taxa como forma de atrair investimento.
Uma proposta prontamente rejeitada pela abancada do PS, com Paulo Espírito Santo a lembrar que uma medida do género iria fazer com que a autarquia deixasse de contar com receitas de empresas grandes do concelho.
Na votação houve dez votos a favor e seis contra, tendo a proposta sido aprovada.
No que respeita ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para o concelho em 2006, as propostas da CDU também foram rejeitadas. A coligação defendeu uma redução de ambas as taxas - de 0,65 por cento para os prédios urbanos e de 0,35 por cento para os prédios urbanos avaliados pelas regras do IMI.
“Compreendemos a situação difícil por que passam as câmaras mas a diferença para a autarquia será mínima e bastante para as famílias de poucos recursos”, justificou João Osório.
Pelo PS, Fernando Ramalho lembrou a taxa de IMI aplicada em Alpiarça é similar à de concelhos vizinhos, para justificar a manutenção das percentagens.
Na votação da taxa do IMI, a presidente da mesa da assembleia municipal, Vera Noronha (PS), usou o seu voto de qualidade para aprovar a proposta socialista, quando havia oito votos a favor e oito contra.

20 junho 2006

Jornalismo e Bloggers

Dado o súbito aparecimento de Blogs sobre a nossa terra, importa reflectir sobre este fenómeno.
Começou tudo em Setembro de 2005, com o http://alpiarcense.blogspot.com, numa brincadeira que ganhou proporções de coisa séria. Entretanto surgiram o http://rotundaseencruzilhadas.blogspot.com e podem ver do lado direito deste blog mais uns quantos (o http://www.verdeverdugo.blogspot.com/, o http://gandalf-li.blogspot.com/, o http://ratoeirasearmadilhas.blogspot.com/, o http://alpiarcarazao.blogspot.com/ e agora também o http://otrevodomar.blogspot.com/).
Não me vou pronunciar sobre os blogs, apenas sobre aquele que me parece estar a cumprir um objectivo interessante que é o Rotundas (devidamente reconhecido já no artigo do Ricardo Hipólito no Jornal Voz de Alpiarça), trazendo à luz da discussão na blogosfera assuntos relevantes para Alpiarça, com um bom nível de textos e de discussão à volta dos mesmos, gerando um nível de visitas diárias que significa ser este blog um centro de interesse para os Alpiarcenses que se movimentam pela internet.
Não creio que seja possível ainda apurar o impacte que este tipo de meio de comunicação tem na nossa vida comunitária, até porque descontando o número de vezes que cada 'leitor' acede durante o dia ao blog, creio que estamos a falar de apenas algumas dezenas de leitores diários. Comparando, e se pudéssemos editar um jornal diário em Alpiarça, creio que o mesmo não sobreviveria com tão pouca audiência. O desafio interessante seria a manutenção de um Jornal Mensal, em papel e com uma distribuição superior a 1.000 exemplares, complementado com um espaço na internet que alimentasse diariamente a vontade de saber as novidades dia-a-dia.
Pretendo vir a desenvolver este assunto com mais profundidade, mas para início de conversa fica aqui um texto interessante do jornalista Paulo Querido, que está disponível no sítio do Jornal Expresso. Aconselho também vivamente a crónica do Pacheco Pereira na Revista Sábado desta semana, e que está também disponível no seu http://abrupto.blogspot.com mais ou menos aqui.


Jornalismo e bloggers

Texto de Paulo Querido - Publicado no Jornal Expresso

A euforia em torno da descoberta da ferramenta de auto-edição e das admiráveis possibilidades da informação automaticamente ligada por hipertexto (presente na blogosfera e infelizmente ausente dos meios tradicionais em linha, sobretudo em Portugal) leva os novos autores, os bloggers a embandeirar em arco. Essa euforia traduz-se nesta síntese retirada do "senso comum blogosférico": são eles, bloggers os ladinos investigadores de A Informação num mundo em que os jornalistas se enrodilham numa panóplia de crises que afectam a Imprensa…
Ainda que o meu senso esteja nos antípodas do comum, não vou discutir a euforia, até porque dela tenho participado activamente desde Março de 2003, quando publiquei o meu primeiro post. Nenhuma pessoa que viva na info-esfera pode negar que há realidades comunicacionais a emergir, algumas das quais ameaçam as indústrias da informação e do lazer. Mas nem tudo o que parece é. Na última sessão pública em que estive acabei por subverter a questão: enquanto vamos sabendo o que podem os blogues trazer ao jornalismo (vivacidade, rapidez, expertise em certos assuntos, controlo de qualidade), porque não perguntar também o que não podem os blogues trazer ao jornalismo?
Há respostas imediatas e outras nem tanto, uma vez que o meio está em permanente evolução e o que é verdade neste instante arrisca-se a ser subvertido amanhã.
Um exemplo bem ilustrativo desta natureza periclitante. Sempre achei que os meios portugueses tinham cometido um terrível erro ao abdicarem do seu nome entregando-se nos braços dos portais. A marca Expresso subalternizou-se perante o Clix (expresso.clix.pt), o título Diário de Notícias foi engolido pelo Sapo (dn.sapo.pt), etc. Mas os estudos mais recentes acerca de hábitos de leitura em linha indiciam que os jovens (que são o público por agarrar) consomem a informação principalmente a partir de portais, que assim se valorizam mais que os nomes, marcas e títulos convencionais; afinal a «estratégia», devidamente entre aspas, dos portugueses arrisca-se a estar correcta e a minha inicial cogitação total e humildemente errada.
Apesar disso, é preciso arriscar. E eu aposto nestas respostas imediatas. Os blogues não podem dar ao jornalismo autenticidade, modelo de negócio, credibilidade, sustento, ou apoio. Se houvesse uma balança comercial entre os dois mundos, a blogosfera era largamente devedora dos media: contam-se facilmente os casos emblemáticos em que de alguma forma ajudou a melhorar o jornalismo, mas são incontáveis (e ninguém os deseja mencionar) os casos de apropriação (devida e indevida) de conteúdos e de enfoques. Ainda que lhes custe admitir, a blogosfera tem proporcionado ao jornalismo mais ruído que substância. Podia ser parte da solução, mas até agora mantém-se como parte do problema.

Paulo Querido
23:32 8 Junho 2006

16 junho 2006

Trabalhadores da Autoeuropa oferecem ajuda a colegas da Opel

Recebi esta notícia por mail, e parece-me uma atitude de louvar.
Numa altura em que 'Solidariedade' é uma palavra despida de qualquer sentido, sabe bem sentir que os trabalhadores se unem em prol uns dos outros.
O investimento estrangeiro tem destas coisas, e a Globalização mostra em Portugal o seu lado mais feio.
Já tive o privilégio de viver o dia-a-dia na Autoeuropa, pois foi onde desenvolvi o projecto de consultoria que mais 'gozo' me deu, pelo ambiente, pelas pessoas, e pela dimensão da fábrica.


Prensa de Palmela pode ser aproveitada
Trabalhadores da Autoeuropa oferecem ajuda a colegas da Opel
[ 2006/06/16 13:10 ] EditorialPGM
Opel: 1200 Trabalhadores desiludidos com risco de desemprego

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Os trabalhadores da Autoeuropa, a maior fábrica automóvel do País, uniram-se para ajudar os funcionários da Opel, na Azambuja.
Os colaboradores da unidade de Palmela propõem aos funcionários da fábrica da Opel o aproveitamento das prensas da Autoeuropa. É que a inexistência de uma prensa na Azambuja é precisamente um dos factores que diminuem a competitividade da unidade portuguesa da General Motors. Segundo um estudo divulgado pela casa-mãe, a fábrica da Azambuja consome mais 500 euros que as outras fábricas europeias por cada veículo que produz.
A fábrica necessitava de uma prensa, mas os custos ascendiam a qualquer coisa como 33 milhões de euros. O encerramento era dado como quase certo, depois de ter sido anunciado que o Opel Combo, o único modelo a ser produzido na Opel Portugal, vai passar a ser produzido em Saragoça, Espanha.
Esta proposta foi esta sexta-feira apresentada pelas Comissões Sindical e de Trabalhadores da Opel da Azambuja ao presidente da Câmara Municipal, devendo ser, de seguida, apresentada também à administração.
O responsável da Comissão Sindical, Luís Figueiredo, considera que fica assim conseguido um grande passo no sentido de assegurar a sustentabilidade da fábrica.
Os trabalhadores estão esta sexta-feira em greve, tendo-se reunido ao início da manhã em frente às instalações da fábrica, e tendo na agenda uma marcha até à Câmara Municipal da Azambuja. Na rua decorreu a reunião informal com o presidente da autarquia.

14 junho 2006

Contra a Mediocridade

Li recentemente um artigo na revista Sábado sobre a cultura da cábula e as suas mutações tecnológicas. Hoje, com o acesso massificado dos telemóveis de última geração, os alunos conseguem fazer exames sem estudar um pouquinho que seja. Ou tiram fotos da matéria e guardam nos telemóveis para consultar durante o exame, ou através de SMS's passam a matéria para o exterior e alguém responde pela mesma via, ou ainda, no caso de ser possível a utilização de PC's portáteis, utilizando o MSN Messenger para fazer os exames em equipa.
Não quero ser moralista, até porque também elaborei algumas cábulas ao longos das quase 2 dezenas de anos que investi na minha formação académica, mas confesso que nunca as consegui utilizar de forma eficaz.
Não sou nem nunca fui de copiar. Na minha opinião, hoje em dia cada vez mais não é importante a informarção que temos, mas sim o que fazemos com ela.
E este é um aspecto fundamental a ter em conta, porque enquanto não dermos este salto que representa a mediocridade de copiar apenas sem sequer entender o que estamos a copiar (e se hoje é fácil copiar com a tecnologia que temos à nossa disposição), nunca deixaremos de ser um País pequenino, com pessoas sem criatividade e com um esquema mental reduzido à sua mais básica tarefa de receber informação sem a processar.
Os professores, ao facilitarem a utilização das novas tecnologias nas salas de exame estão, de forma muito perigosa, a contribuir para criar nas próximas gerações a sensação de que tudo na vida será fácil, assim se dominem as novas tecnologias.

- Só uma pergunta. É assim tão complicado reter os telemóveis aos alunos ou mesmo proibi-los de os utilizar enquanto estão a fazer exame? Quando eu estudava, havia professores que não nos deixavam ter mais nada em cima da mesa do que o enunciado, a caneta e a folha de respostas.

Se não investirmos na capacidade de reflectir e de pensar, creio que estamos a criar uma geração (ou várias porque até as gerações se renovam cada vez mais rapidamente) de pessoas amorfas, que apesar de estarem a viver uma época sem precedentes no que ao acesso à informação diz respeito, mas não sabem o que fazer com ela. Ou seja, uma cambada de inúteis e 'apensantes'.

Termino com a estória que um amigo me contou. Quando trabalhou numa secretaria ligada às forças armadas, tirava fotocópias dos processos que tinham um carimbo a dizer "Confidencial". E eu perguntei-lhe "mas o que fazias com isso?". "Nada... só tirava as cópias porque podia ser informação importante".

Aguardo os vossos comentários ou sugestões para alpiarcense@gmail.com

PS - Ah! É só para dizer que já se podem fazer comentários anónimos. Infelizmente só agora percebi que tinha essa funcionalidade desactivada. Se calhar por isso é que têm escasseado os comentários

09 junho 2006

Para acompanhar o Mundial 2006


Sítio Oficial: http://fifaworldcup.yahoo.com/06/pt/

Ok, rendo-me às evidências, o Mundial de Futebol 2006 começa já daqui a pouco, e então ficam aí alguns sítios para colocarmos nos favoritos da internet para ir acompanhando os resultados:

Sítios de Media:

TSF - http://www.tsf.pt/online/desporto/dossiers/Mundial2006/default.asp
A BOLA - http://www.abola.pt/mundial/2006/index.asp
RTP - http://www.rtp.pt/wportal/sites/especiais/mundial2006/Index.php
SIC - http://www.mundialtotal.com (Está assim anunciado mas a esta hora ainda não funciona)



Nos Blogs:

http://alemanhaemdirecto.blogspot.com (tem mais links lá dentro)
http://www.losblogueros.net/mt-weblog/2006/05/podcast_internacional_mundial.html
http://www.worldcupblog.org/

FORÇA PORTUGAL...

08 junho 2006

O Futebol e a Difícil Arte de Gerir Pessoas...

Este é um assunto que me toca particularmente, por razões profissionais, e porque não ligo muito à bola. No entanto, e uma vez que vamos estar anestesiados durante umas semanas com os olhos postos no que se estará a passar no Mundial da Alemanha, deixo-vos para reflectir um texto publicado mais uma vez no Diário Económico.
Comentário: "É difícil agradar a gregos e troianos." Ah! E já repararam que a Grécia ficou de fora desta campeonato... toma e embrulha.

Gestao & Gestores
Quinta, 8 de Junho de 2006
Cadernos de Management
Rita Gama

Hoje há jogo. A que horas é a reunião?

Se estava à espera de se sentar calmamente em frente à televisão na sua poltrona preferida, rodeado de um grupo de amigos para ver o Mundial de Futebol, esqueça. É que nesta primeira fase os jogos são quase todos em horário de trabalho e a não ser que tenha marcado férias para esta altura vai ter de contar com a boa vontade da empresa onde trabalha. Ou não? A gestão não é fácil. Para os fanáticos de futebol, a melhor opção é tirar férias e mesmo ir até à Alemanha assistir a alguns dos jogos para “respirar o ambiente”. Outra hipótese é tentar convencer algum dos seus colegas, menos fanáticos, a trocar de horário, o que não vai ser fácil. Mais drástico é pedir a demissão. Acredite ou não, já houve quem o fizesse. Se tiver sorte, o seu chefe também gosta de futebol e fará o favor de lhe fazer companhia durante o jogo. Tudo por amor à pátria, claro! No Reino Unido, por exemplo, um estudo elaborado por um especialista em finanças indica que 67% das empresas britânicas estão a planear deixar os seus funcionários ver os jogos durante o horário de trabalho. Uma “benesse” que, de acordo com alguns responsáveis por recursos humanos pode transformar-se num presente envenenado. Ou seja, já pensou a que jogos é que os seus funcionários vão poder assistir? É que se abrir excepções para a selecção nacional, naturalmente vai ter de alargar o leque a outras selecções, uma vez que os funcionários podem não ter todos a mesma nacionalidade. E para os que não gostam de futebol? Que outras oportunidades terão para ver outros programas do seu interesse? Ser-lhes-á dado tempo livre? Uma coisa é certa, de uma forma ou de outra, há quebra de produtividade com certeza. Se por um lado, os funcionários vão deixar de produzir para ver futebol, por outro se não o fizeram vão perder tempo a procurar informação sobre o jogo. Vão querer saber todos os pormenores da partida ou na Internet, ou através dos amigos. Ou ainda, vão arranjar maneira de trazer um rádio portátil, um MP3 ou de activar os vários serviços disponibilizados pelas operadoras e receber mensagens a cada cinco minutos com o relatório do jogo via SMS. Quem resistirá a activar o sistema? Por isso, pense bem! Caso não deixe os seus trabalhadores assistirem aos jogos poderá estar a contribuir em força para o aumento do stresse e da ansiedade dos portugueses. Se os deixar assistir, vai ver o trabalho de semanas acumular-se nas secretárias, os clientes insatisfeitos e os prejuízos a crescer. Isto claro, se não optar por pô-los a fazer horas extraordinárias. Mas e se Portugal perde? Quem terá vontade para trabalhar? Acredite, seja qual for a sua opção, adivinham-se tempos difíceis na gestão da sua empresa. Se não for pelo trabalho que vai ficar por fazer, poderá ser pelos ânimos e humores que vão andar ao sabor dos resultados.

Tome nota: Portugal joga nos dia 11 de Junho às 20h00, 17 de Junho às 14h00 e 21 de Junho às 15h. Os outros jogos estão agendados para as 14h, 17h e 20h, na primeira fase. . .

Cuidados Redobrados

Apanhei há pouco esta notícia no sítio do Jornal O Ribatejo em www.oribatejo.pt

2006-06-06 00:00:17

Judiciária deteve violadores em Santarém e Alpiarça

"A Polícia Judiciária deteve um homem, 24 anos, que terá violado uma jovem maior de idade, na zona de Santarém. Os factos ocorreram em Novembro de 2005, tendo o autor do crime utilizado uma substância para colocar a vítima, maior de idade, inconsciente. O suspeito, que mantém uma relação de parentesco com a vítima, vai aguardar julgamento em prisão preventiva.No âmbito de outra investigação, foi detido um homem estrangeiro, 19 anos, indiciado pela prática de crime de abuso sexual de uma menina de 12 anos, ocorrido na zona de Alpiarça. A vítima também é estrangeira e mantinha com o detido uma relação de vizinhança, adianta a PJ, acrescentando que o suspeito está detido preventivamente.A Polícia Judiciária deteve onze homens suspeitos de abuso sexual de crianças e violação, entre Abril e Maio nos distritos de Lisboa e Santarém, segundo a directoria de Lisboa da Polícia Judiciária. As detenções resultam de investigações independentes a situações de abuso sexual de sete crianças, duas jovens e quatro adultos portadores de deficiência."

07 junho 2006

Manda quem pode e obedece quem tem juízo

Meter medo é uma boa estratégia de liderança ou apenas servirá para esconder inseguranças?

Texto retirado do site do Diário Económico em www.de.iol.pt
Secção: Gestão & Gestores
Quarta, 7 de Junho de 2006
Jornalista: Rita Gama

Anda a sempre a pôr paninhos quentes, esforça-se para ser simpático e evita a todo o custo ferir susceptibilidades. Esqueça! Um bom líder é aquele que sabe intimidar, aquele que trata os seus colaboradores a chicote. A ideia pode ser repugnante, pelo menos à partida, mas pode ter as suas vantagens. Quantas vezes já chamou a atenção a este ou aquele colaborador? Quantas oportunidades já deu ao ‘grupinho’ mais problemático da empresa? E o tempo que perdeu? Se tivesse sido mais duro ou sabido intimidar talvez as coisas tivessem resultado de outra forma. Ou não? “Parabéns. Os resultados da nossa empresa são vergonhosos, mesmo para uma indústria arruinada e, a única garantia que vos posso dar é que os próximos 12 meses vão ser um verdadeiro inferno! Se vos pareci excessivamente duro só têm uma solução: mudem de emprego. A timidez passou à história”, disse John Pluthero, novo presidente da Cable & Wireless, aos seus colaboradores. Este é o verdadeiro exemplo de um gestor moderno. Pelo menos na opinião de Roderick M. Kramer, professor de comportamento organizacional da ‘Graduate School of Business de Standford’, nos Estados Unidos. Na teoria do docente não há como intimidar “para fazer as coisas acontecerem”. Para o professor o que poderia parecer chocante numa primeira abordagem, rapidamente se torna benéfico. “Quanto mais pessoas entrevistei, mais percebi que este tipo de liderança (autoritária) tinha acabado por fazer bem à empresa. Viram-se livres dos parasitas e focalizaram a gestão”, explica Kramer. Ou seja, de acordo com o norte-americano a maioria das pessoas preferiam trabalhar com um chefe autoritário. Talvez porque é dos “grandes intimidadores” que vem a grande inspiração, defende.Bill Gates, fundador e durante anos CEO da Microsoft, era um assim. Quem trabalhou com ele define-o como um líder carismático, mas duro. Obcecado por trabalho e em derrotar a concorrência, Gates tanto elogiava quem trabalhava bem como gritava com quem merecia. Chegava a meter medo, mas era admirado e venerado por todos. “Quando se está a começar uma empresa, não temos nada para oferecer a não ser a nós próprios, à nossa imagem”, contou uma das suas colaboradoras ao jornal Washington Post. E a verdade é que, aparentemente, resulta. Se o objectivo é levar as pessoas a trabalhar, meter medo pode ser uma óptima ferramenta. Porque chefe que é chefe manda, e o que é pedido é para ser feito. Pelo menos, a curto prazo.

Líderes tóxicos

E o bom ambiente? E a motivação? Se o segredo do sucesso de uma empresa está em ter chefes autoritários, porque dizem os especialistas em liderança que o medo é inimigo da criatividade? Porque, a longo prazo não há vantagens. Na opinião de Arménio Rego, professor de comportamento organizacional da Universidade de Aveiro e autor de vários artigos sobre liderança, “os líderes intimidativos podem obter resultados, mas deixam exangues os colaboradores, minam a confiança e penalizam o desempenho organizacional”. Mais, podem provocar danos irremediáveis na empresa, como a perda dos melhores colaboradores que “irão procurar alternativas”, explica o professor. Um estilo autoritário pode mesmo ter efeitos disfuncionais. “As pessoas passam o tempo a dizer mal do chefe, a defender-se e acabam por não se expor”, acrescenta Miguel Pina Cunha, professor na Universidade Nova de Lisboa. Contas feitas, o autoritarismo acaba por ser contraproducente. Quem é que no seu juízo perfeito irá contar um problema a um chefe que não sabe ouvir e reage mal aos obstáculos? Resultado, em vez de se resolverem os problemas, estes acabam por se ir acumulando. Acaba-se a lealdade, rompe-se a confiança e o empenho afectivo no trabalho. Fica o medo de agir e tomar decisões. Provocam-se o que os especialistas em liderança chamam “ambientes tóxicos”. Peter Frost, autor de “Emoções tóxicas no trabalho” (’Toxic Emotions at Work’) explicava como a toxicidade pode ter consequências perversas nas organizações e nos colaboradores. “Produz aumentos do absentismo, incrementa os abandonos da organização, induz actos de sabotagem, decresce a motivação e o desempenho”. Quem sofre é o colaborador, mas também a empresa.

O que define um bom líder

Para se ser um bom líder, o segredo está no equilíbrio. Isto é, gerir com autoridade e firmeza sem se ser intimidativo ou desrespeitador. É preciso saber ouvir e elogiar, mas também chamar a atenção quando for o caso. É aquele que incentiva e motiva os seus colaboradores. Ainda assim, “não deve confundir-se autoridade com liderança pelo medo”, sublinha Arménio Rego. Além disso, impor-se à força nunca foi um bom método. O ideal é saber seduzir, ter o poder de persuadir e capacidade influenciar. No fundo, ser o exemplo que todos gostariam de seguir. “A liderança diz respeito a relacionamentos e uma boa comunicação significa respeito pelos indivíduos”, defendem Arménio Rego e Miguel Pina e Cunha, no livro “A essência da liderança”. Essencialmente, “os líderes não infligem medo”, defendem os autores. Devem, sim, dar espaço de manobra aos seus colaboradores e apelar ao entusiasmo, optimismo, resiliência, coragem, confiança e sabedoria.

Sanções aumentam a produtividade.

Um estudo da universidade alemã de Erfurt, publicado recentemente no jornal ‘Science’ mostra como as sanções podem ajudar a subir a produtividade e ser bem mais eficazes que a política de incentivos, habitualmente praticada nas empresas. Para realizar o estudo foram seleccionados 84 estudantes, a quem foi dado dinheiro para investir em projectos. Divididos em dois grupos, mais de metade optou pela equipa que não previa castigos para os menos produtivos. Os outros foram colocados na equipa em que as pessoas eram punidas monetariamente, sempre que não se mostravam produtivos ou não colaboravam com o resto do grupo. Ao fim de algum tempo, os estudantes optavam por mudar para o grupo onde eram aplicadas as sanções. E não só. Acabavam por trabalhar melhor em equipa.

O servidor

- Respeito pelos indivíduos que têm direito à sua dignidade. É uma questão de ética. Os líderes não infligem medo nos colaboradores.
- A boa comunicação implica que se saiba ouvir. Informação é poder, mas é despropositada quando escondida. Para que uma organização ou uma relação funcionem, é necessário que a informação seja partilhada.
- Libertar as pessoas para fazerem o que é necessário do modo mais eficaz e humano que for possível
- Definir a realidade e remover os obstáculos que dificultam a actividade dos colaboradores.

O intimidador

- Infunde o medo aos outros, para fazer “as coisas acontecerem”, devassando-lhes a privacidade. Não motiva.
- Enfurece-se e, mesmo quando não lhe apetece, finge que está furioso. É duro e trata os colaboradores a ‘chicote’.
- Não comunica. Põe um ar taciturno e não fala. Assim, pode mudar de ideias a qualquer momento, sem perder a face. Não partilha informação.
- Inteira-se dos factos, ou tenta. Quando não é possível, faz de conta que está tudo bem. Tenta ser convincente, mas não sabe apontar caminhos.

Comentário do Alpiarcense: Observar tendências é uma actividade fascinante, abre-nos os olhos e faz-nos apreciar comportamentos noutra perspectiva.

alpiarcense@gmail.com

06 junho 2006

Isto muda tudo...

Ao ler a notícia que a seguir se reproduz na íntegra, fico a pensar que tudo o que tem sido a blogosfera até agora vai mudar de forma radical.
O Tribunal californiano, ao decidir em favor da confidencialidade das fontes dos blogs está a indicar um caminho sem retorno, que irá transfigurar completamente a forma como nos iremos relacionar no futuro. As empresas vão ter que começar a gerir a sua informação doutra forma, os políticos vão ter que ser mais transparentes, e os 'Bloggers' vão ter uma responsabilidade acrescida em busca da credibilidade e da coerência.
Afinal de contas, deste modo cada um de nós que decide escrever em blogs deve passar a ser credível (como os jornalistas), investigar as notícias (como os jornalistas) e construir contextualizando as notícias (como os jornalistas).
Com tamanha responsabilidade provavelmente ser blogger no futuro implica estar devidamente credenciado para isso...

Notícia do Público

Protecção de fontesTribunal da Califórnia protege bloguers do mesmo modo que jornalistas 30.05.2006 - 17h37

"Um tribunal da Califórnia considerou que os bloguers, tal como os jornalistas profissionais, têm direito a manter a confidencialidade das suas fontes de informação. A decisão, inédita, foi tomada pelo tribunal de recurso (Court of Apeal) de San José, naquele estado norte-americano e tem potencial para mudar o jornalismo na era digital.
Segundo conta o jornal “San Francisco Chronicle”, citado pelo “site” Meios e Publicidade, um grupo de bloguers decidiu ir a tribunal depois de a multinacional Apple ter tentado obrigá-los a revelar a identidade da pessoa, provavelmente um empregado da empresa, que lhes forneceu detalhes sobre um projecto denominado Asteroid. As informações que publicaram foram rapidamente difundidas em várias páginas de internet. Os três juízes que analisaram o caso, além de afirmarem que os bloguers não têm obrigação de revelar as suas fontes, decidiram também que podem proteger-se invocando as mesmas leis que se aplicam aos jornalistas tradicionais, por exemplo a Primeira Emenda. A decisão do Court of Appeal de San Jose, que veio contrariar uma do Santa Clara County Superior Court, fala das alterações na forma em que se conseguem e publicam notícias. Por seu turno a Apple argumentou que os bloguers não podem ser considerados jornalistas, mostrando também a sua preocupação para com o facto de a internet facilitar a divulgação pública dos seus segredos, o que pode levantar-lhe problemas de concorrência. A empresa, que não processou directamente os bloguers, pôs em tribunal o servidor de internet, que tem acesso aos e-mails trocados entre os bloguers e as suas fontes. A sentença assinala ainda que os direitos dos bloguers são extensivos à protecção dos seus e-mails, chamadas telefónicas e documentos escritos."

Aguardo os vossos comentários alpiarcense@gmail.com