05 novembro 2007

Porra p'ra isto...


Deixo as notícias, e não faço comentários (tirando o do título deste post)




Vítima de seis anos sofreu três traumatismos graves
Morreu a criança que foi atropelada hoje em Tires 05.11.2007 - 17h56 PUBLICO.PT


A criança de seis anos que ficou ferida com gravidade após ter sido atropelada numa passadeira junto ao estabelecimento prisional de Tires, Cascais, acabou por morrer esta tarde no Hospital de São Francisco Xavier.

A criança deu entrada no hospital em estado considerado muito crítico, com três traumatismos graves - cranio-encefálico, torácico e abdominal - e uma paragem cardio-respiratória. Pelas 14h30, a vítima começou a ser submetida a uma intervenção cirúrgica.

"Passou várias horas no bloco operatório, mas o problema não decorreu da cirurgia. O menino entrou já num estado muito crítico e acabou por falecer há cerca de duas ou três horas", explicou fonte hospitalar, por volta das 18h00, escusando-se a divulgar a causa concreta da morte.

A criança foi atropelada esta manhã com o irmão de quatro anos e a avó de 62 anos, numa passagem de peões. A mulher, de 62 anos, sofreu um traumatismo cranio-encefálico ligeiro e o neto mais novo sofreu um traumatismo abdominal, estando ambos fora de perigo e ainda em observações no São Francisco Xavier.

Segundo o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a primeira chamada de socorro após o acidente foi recebida às 09h19, tendo acorrido ao local do acidente, junto ao estabelecimento prisional de Tires, duas ambulâncias e uma viatura médica do Hospital de São Francisco Xavier.

Segundo fonte policial, a criança foi projectada por uma primeira viatura para o outro lado da rua e voltou a ser atropelada por um carro que seguia no sentido contrário. A mesma fonte explicou que os testes de alcoolemia feitos no local aos dois condutores, ambos homens, não acusaram qualquer excesso, enquanto os resultados da despistagem de substâncias psicotrópicas, realizada já no Hospital Distrital de Cascais, serão ainda analisados pelo Instituto de Medicina Legal.

Uma vez que os resultados testes de alcoolemia não motivaram qualquer detenção imediata, as autoridades estão a elaborar um processo-crime a ser enviado para o Ministério Público, seguindo-se uma fase de inquérito por esta entidade.

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Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados responsabiliza câmara e ao Metro
Lisboa: vítimas de atropelamento no Terreiro do Paço homenageadas
05.11.2007 - 18h33 Lusa, PUBLICO.PT


Cerca de 50 pessoas participaram esta tarde numa homenagem às vítimas do triplo atropelamento ocorrido sexta-feira passada frente à estação fluvial do Terreiro do Paço, em Lisboa.

A iniciativa, promovida pela Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M), pretendeu "denunciar mais uma situação de injustiça lamentável", explicou o escritor Rui Zink, da direcção da associação.

Duas mulheres, mãe e filha, tiveram morte imediata ao serem atropeladas, ao início da manhã de sexta-feira, na passadeira em frente ao Ministério das Finanças, por um carro que se terá despistado e só se imobolizaria 150 metros à frente. Uma terceira mulher, que também acabava de sair da estação fluvial, ficou ferida com gravidade. A condutora, que foi submetida a testes de alcoolemia e despistagem de drogas, vai permanecer em liberdade até à investigação do caso.

Durante a homenagem os participantes colocaram lençóis brancos sobre a passadeira onde as três mulheres foram atropeladas, num gesto que "pretendeu alertar os lisboetas para os perigos” que enfrentam diariamente nas vias da cidade, explicou Manuel João Ramos, dirigente da associação.

A "Câmara Municipal de Lisboa, o Metropolitano de Lisboa e o empreiteiro da obra do Metro [no Terreiro do Paço] devem reconhecer a sua quota-parte de responsabilidade neste triplo atropelamento", defendeu Rui Zink.

O escritor considera "inadmissível que estas entidades nunca tenham procurado acautelar a segurança das muitas centenas de pessoas que diariamente usam aquela passagem de peões", que liga a estação fluvial ao Terreiro do Paço.

A ACA-M alertou para o curto tempo de abertura de semáforos, destinado à passagem de peões, para uma passadeira que termina a meio da estrada e para outra que tem um bloquedor de cimento na extremidade.

No local, a associação critica ainda o facto de a curva ter uma inclinação contrária ao aconselhado, a total ausência de baias para protecção dos peões e para o pavimento deformado da via.





Helder Figueiredo

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